terça-feira, 31 de julho de 2012

Espanha: Ativista homossexual russo pede asilo político

Alexei Kiselev pediu asilo político na Espanha, confirmou o fundador do grupo de Orgulho Gay de Moscou, Nikolai Alexeyev, ao jornal “El País”. Kiselev já foi preso várias vezes por participar de manifestações pelos direitos homossexuais na Rússia e contra irregularidades no processo eleitoral de dezembro do ano passado.

- A situação está cada dia pior - descreve Alexeyev, que foi detido com Kiselev em fevereiro durante os protestos contra uma lei polêmica que proíbe a exposição da “propaganda da homossexualidade” a menores de idade, o que a comunidade gay diz não estar detalhado e que poderia levar à censura a manifestações culturais relacionadas ao homossexualismo.

A perseguição contra opositores, explica Alexeyev, piorou devido aos protestos contra a política do presidente russo, Vladimir Putin.

- Embora na organização tentássemos permanecer à margem do protesto político, ele (Kiselev) foi a muitas manifestações como qualquer cidadão. Há razões de sobra para pedir asilo - comenta.

O governo russo, afirma, aumentou a repressão para evitar que mais pessoas se unam à oposição.

- Cada vez há mais pessoas nas manifestações. As prisões funcionam como advertência - disse Alexeyev.

Alexei Kiselev chegou à Espanha neste mês de julho e se encontra em Barcelona. O governo espanhol decidirá sua situação em 24 de agosto, segundo o amigo afirmou ao “El País”.

Opositores enfrentam denúncias
Nesta terça-feira investigadores federais russos acusaram o blogueiro e opositor Alexei Navalny por roubo. Navalny pode ser condenado a até dez anos de prisão por ter se apropriado ilegalmente de madeira de uma empresa estatal, enquanto trabalhava como conselheiro de um governo regional, em 2009, segundo as acusações. Ele está proibido de sair da Rússia. O blogueiro, no entanto, sugeriu que se trata de uma manobra para manchar a reputação de opositores.

Além disso, três integrantes do grupo punk feminista Pussy Riot começaram a ser julgadas na segunda-feira por protestarem contra o presidente Vladimir Putin. Maria Alyokhina, Nadezhda Tolokonnikova e Yekaterina Samutsevich foram presas em fevereiro depois de invadir o altar de uma catedral ortodoxa de Moscou e cantar uma música, pedindo que a Virgem Maria depusesse o ex-espião da KGB e criticando a relação do novo chefe de Estado com os religiosos russos. Elas podem ser condenadas a sete anos de prisão.

fonte: Extra

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