Reagindo à posição crítica da igreja católica em relação aos homossexuais, o prefeito de Berlim, Klaus Wowereit, manifestou apoio às dezenas de organizações que planejam protestar na capital alemã por ocasião da visita do Sumo Pontifice, no próximo dia 22. As NGOs anunciaram que vão protestar contra a posição da igreja em relação ao aborto, ao uso da pílula anticoncepcional e aos homossexuais. Embora Wowereit, 58 anos, desde há dez anos à frente da prefeitura de Berlim, seja oficialmente o anfitrião do Papa Bento XVI, ele vem alimentando os planos de protesto, afirmando que vai contar ao Papa que é gay e que vive com um homem.
“Eu espero que o Papa Bento XVI esteja informado que eu vivo junto com um namorado”, afirmou o político, referindo-se ao seu companheiro, o médico Jörn Kubicki.
Mais surpresa causaram porém as declarações do bispo da cidade de Erfurt, Joachim Warnke, que afirmou compreender as críticas às posições da igreja.
Na última visita do Papa à Alemanha, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, em 2005, em Colônia, a primeira que o Pontífice fez à sua pátria depois de ser eleito papa, o clima foi de mais entusiasmo. Mas, apesar das criticas e planos de protestos, o Estádio Olímpico de Berlim, o mesmo onde Adolf Hitler comemorou as Olimpíadas de 1936, estará lotado para a missa que Bento XVI vai celebrar, como uma coroação da sua visita de três dias. Além de Berlim, ele visitará também Erfurt, no leste, e Freiburg, no sul do país.
fonte: O Globo
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