terça-feira, 14 de junho de 2011

Líder da Frente Evangélica questiona número de assassinatos de gays no Brasil e pede investigação

Deputado João Campos, líder dos evangélicos em Brasília, duvida do número de assassinatos de gays

Deputado João CamposOs números de assassinatos de homossexuais que o GGB (Grupo Gay da Bahia) divulga todos os anos estão sendo questionados pelo deputado federal João Campos, do PSDB de Goiás. Ele quer que o ministério da Justiça investigue esses números.

O GGB sempre deixou claro que o levantamento de assassinatos é feito através de notícias publicada sem jornais e sites. Por falta de um número oficial, este número é usado como fonte em todo o Brasil, inclusive pelo governo federal. O deputado João Campos, que é coordenador da Frente Parlamentar Evangélica, duvida dos números que indicam 260 assassinatos motivados por homofobia em 2010.

“Estão dizendo que, em todos os casos de assassinato de homossexuais, a motivação foi a homofobia. Será que é verdade? Qual o perfil dos autores desses assassinatos? São os companheiros ou terceiros? Será que tem alguma motivação relacionada com droga, álcool, prostituição? Será homofobia ou o gay está sendo vítima de violência da mesma forma que o heterossexual?”, questiona João Campos. “Nós precisamos passar essas informações a limpo, para ninguém ser induzido ao erro”, afirmou.

Os números do GGB são usados na maioria das discussões em torno do PLC 122, projeto de lei que pretende criminalizar crimes motivados por homofobia. A Frente Evangélica é bastante contrária ao PLC 122.

Um novo projeto para substituir o PLC 122
A Frente Evangélica quer apoiar um novo projeto, o PL 6418/2005, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), que tem caráter mais geral e torna inafiançáveis e imprescritíveis crimes de discriminação no mercado de trabalho, de injúria resultante de preconceito e de apologia ao racismo _mas não criminaliza diretamente discursos contra a homossexualidade.

“O PL 122 é flagrantemente inconstitucional. Quando ele propõe a criminalização da homofobia, esse projeto subtrai da sociedade aquilo que é o sustentáculo da democracia: a livre manifestação do pensamento e a inviolabilidade da crença e da consciência”, defendeu João Campos ao site Congresso em Foco. “O nosso encaminhamento é para apoiar um projeto do senador Paim, que caminha nessa mesma direção, mas sem esses vícios de constitucionalidade”, disse.

O deputado João Campos disse, ainda, que a homossexualidade não é normal e que a Frente Evangélica vai se posicionar contra qualquer ampliação de direito para essa parcela da população. Ao Congresso em Foco, João também disse que seus 80 parlamentares filiados não irão negociar nada em relação a união homoafetiva nem a adoção de crianças por casais homossexuais.

Vale lembrar que na semana passada o mesmo deputado propôs uma proposta de decreto que derrubaria a decisão do Supremo que garantiu a união homoafetiva. Mas o presidente da Câmara, deputado Marco Maia, não acatou o pedido.

fonte: MixBrasil

Um comentário:

  1. Mataram e perderam a conta? Foi isso? Vão ter que carregar esse fardo, querendo ou não.

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