André Baird, 20, se entregou nesta terça-feira (19) à polícia de Campo Grande (MSl) e confessou que ele, um primo e mais dois amigos agrediram um gay na saída de uma boate na última sexta-feira (15). O estudante de direito negou homofobia, disse que estavam bêbados e à procura de alguém para agredir.
André Baird é filho do prefeito de Costa Rica (MS), Jesus Queiroz Baird. André mora há dois anos em Campo Grande. O pai de André declarou ao jornal "Folha de São Paulo" que ficou "arrasado" quando teve conhecimento do fato e obrigou o seu filho a se entregar. Jesus Queiroz ainda disse que, "homofobia ou não", o seu filho terá de pagar da mesma forma.
Os jovens disseram em depoimento que ficaram bebendo desde as 20h de quinta-feira (14) e que, depois de saírem de uma boate, estavam passando de carro pela região da boate gay quando viram L., 21, e o amigo de 18, que conseguiu escapar. L. escorregou e foi pego pelos agressores que deram socos, chutes no rosto e no tórax. Segundo a vítima, os agressores o xingavam de "veado".
Wagner Leão do Carmos, advogado dos jovens agressores, defende a tese de que os seus clientes não sabiam da orientação sexual de L. "A boate gay fica a três quadras do local da briga, não tinha como eles saberem que alguém era homossexual", declarou o advogado.
Apesar do argumento do advogado, a polícia declarou que trabalha com a hipótese de homofobia, mas, como ela não é crime, os rapazes serão indiciados por lesão corporal dolosa e injúria. Os agressores podem pegar de um ano a seis meses de prisão.
fonte: A Capa
O movimento gay acha que bater em heterossexual deve dar menos tempo de cadeia que bater em gay. Que bonito, né?
ResponderExcluirCaro André,
ResponderExcluirPor um acaso vc já foi ridicularizado ou agredido por ser gaúcho? por ser branco? ou por ser hetero?
Pois é, há gente que é agredida por ser homossexual, mulher, negra, índia, idosa, praticante de religião africana... Ah, não é só agressão física. Tem também as agressões verbais que são tão ruins quanto.
É muito fácil falar isso que vc fala sem entender a situação do outro ou olhando o mundo visto do seu próprio umbigo.
O que todas essas pessoas que citei aí querem é não serem agredidas pelo que são. Querem ser respeitadas. Direitos iguais, entende? Há respaldo constitucional para isso: é a igualdade material - todos são iguais perante a lei, porém os diferentes serão tratados na medida de sua diferença para que a própria norma não crie injustiças. Ou seja, há respaldo legal para a proteção de grupos vulneráveis.
Portanto, não distorça os fatos em meio a esse preconceito e/ou visão de mundo distorcida. Todas as agressões tem que ser lamentadas e repudiadas. Pior ainda se a agressão for por puro preconceito, algo que infelizmente está se legitimando neste país.
Passar bem.