Após ataque de skinheads, PSTU realiza ato contra a homofobia em delegacia de São Paulo
Na próxima segunda-feira, 28, às 14h, vai ser realizado em São Paulo um ato de protesto contra a crescente onda de homofobia na capital paulista. A manifestação vai rolar porque a intolerância não pára e na última quarta-feira, 23, o ativista do movimento LGBT e militante do PSTU Guilherme Rodrigues foi agredido por skinheads na região do Baixo Augusta, centro paulistano.
O ato é aberto a todos e será realizado no momento em que Guilherme for ao 4º DP Consolação, na Rua Marquês de Paranaguá, 246, entregar o laudo do Instituto Médico Legal (IML) que comprova as lesões que sofreu. “A ideia é reunir o maior número de pessoas possível na frente da delegacia, transformar a entrega do laudo num grande ato de solidariedade e de revolta por todas as agressões contra homossexuais”, explica Douglas Borges, da Secretaria Nacional LGBT do PSTU.
Guilherme foi atacado com socos e pontapés por quatro skinheads: os estudantes Willyan Hoffmann da Silva, Daniel Moura Fragozo, Milton Luiz Santo André e o operador de telemarketing Vinícius Siqueli de Paula.
O caso
Guilherme foi agredido quando passava em frente a um posto de gasolina na esquina das ruas Peixoto Gomide com Augusta e viu os agressores agindo contra um casal gay. Ele foi ajudar e o casal conseguiu fugir, sendo que Guilherme ficou sozinho e apanhou dos quatro. Os funcionários do posto chegaram a intervir, mas nem mesmo assim os agressores paravam. “Eles não se inibiram, o pessoal do posto segurando e eles continuavam ameaçando e agredindo”, conta Guilherme.
A situação só foi controlada quando uma viatura da Polícia Militar passou pelo local e viu a ocorrência. Os skinheads alegaram que Guilherme havia dado em cima deles de forma vulgar, versão que foi levada pela policial que atendeu a ocorrência à delegacia. Foi preciso que um dos funcionários do posto depusesse para desmentir a versão dos agressores.
Depois disso, a polícia finalmente aceitou registrar o Boletim de Ocorrência por lesão corporal (art. 129), injúria (art. 140) e ameaça (art. 147). Como teve que fornecer dados como telefone e endereço em frente aos agressores, Guilherme agora teme que eles o persigam. “Se qualquer coisa acontecer com ele, quem vai ter que responder é a polícia, o governo do Estado, a Secretaria de Segurança”, afirma Douglas.
fonte: MixBrasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário