quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Depois de pedofilia e drogas, é hora da Globo discutir homofobia, diz autor Gilberto Braga

Função social da novela Insensato Coração será discutir homofobia, diz autor Gilberto Braga

Gilberto Braga 2A Rede Globo tem orgulho de levar a seus espectadores através das novelas de maior audiência (do horário das nove) assuntos espinhosos. Falou sobre o uso de drogas pesadas (cocaína em “O Clone”; crack em “Passione”), pedofilia (também em “Passione”), deficientes físicos (em “Viver a Vida” e “Páginas da Vida”). Praticamente todas as novelas do horário desta década possuem esse lado social, e a emissora divulga essa “função” em seu material publicitário no mundo todo.

Depois de tratar de todos esses assuntos, chegou a hora de falar sobre homofobia, tema nunca antes tratado na emissora global. É o que garante Gilberto Braga. Em entrevista para o jornalista Marcelo Cia, publicada na edição da revista JUNIOR que chegou às bancas nesta quinta-feira, Gilberto Braga revelou que a homofobia é o assunto social escolhido para ser mostrado e discutido em “Insensato Coração”.

A novela contará com três Ataques homofóbicos (um acabará em morte). A investigação destes crimes será feita de forma morosa e displicente, e não serão os gays agredidos que procurarão justiça e sim a mãe de um deles, personagem vivida por Louise Cardoso (Sueli). A impunidade muito observada na vida real contra tais crimes está prevista na trama. Tudo acontece a partir do capítulo 100, segundo Gilberto. Essas cenas foram inspiradas pelos recentes casos de agressão a homossexuais ocorridas em São Paulo e Rio de Janeiro no fim de 2010.

A revista perguntou ainda: “a teledramaturgia da Rede Globo se orgulha de tratar de assuntos sociais como prostituição infantil, abuso de drogas, violência contra mulher... Chegou a hora de falar sobre homofobia?”. Gilberto Braga respondeu: “acho que sim”.

Os ataques homofóbicos de "Insensato Coração" coincidirão com a discussão do PLC 122 (projeto de que pretende criminalizar crimes homofóbicos no Brasil) que acaba de ser desengavetado pela senadora Marta Suplicy e assumiu sua relatoria e outros 27 senadores aliados à causa.

fonte: MixBrasil

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