O tom agressivo empregado por Dilma Rousseff no debate presidencial da noite passada tem origem num boato. O comitê de campanha do PT foi informado acerca de um falso processo judicial que circula na Internet.
Na peça, um suposto advogado aciona Dilma em nome de uma hipotética ex-domésticada candidata. A empregada fictícia sustenta no processo ter mantido comDilma um relacionamento amoroso de 15 anos e cobra indenização.
Há três dias, o deputado eleito Gabriel Chalita (PSB-SP) tratou do tema em conversa com um petista ligado ao comando da campanha de Dilma.
Chalita contou que um religioso o havia procurado para dizer que recebera cópia de processo em que Dilma era acusada de lesbianismo.
O interlocutor pediu a Chalita que aconselhasse o bispo a checar o número de registro na OAB do advogado que assina o processo. “Não existe. É falso”, disse.
Em diálogos privados que antecederam o debate nos estúdios da TV Bandeirantes, Dilma e seus operadores atribuíram a aleivosia à campanha de José Serra. Entre quatro paredes, a candidata petista se disse “indignada”. Para ela, o boato do processo tornou incontornável a inclusão da "baixaria" no rol de temas do debate. Vem daí a decisão de Dilma de inquirir Serra, já na primeira pergunta, acerca da boataria que viceja no “submundo” virtual.
Como as suspeitas contra Serra não estão escoradas em provas, Dilma evitou mencionar o falso processo.
“Sua campanha procura me atingir por meio de calúnias, mentiras e difamações. [...] Seu vice, Índio da Costa, a única coisa que ele faz é criar e organizar grupos, até para me atingir com questões religiosas...”
“[...]...Você considera que essa forma de fazer campanha, que usa o submundo, é correta?”
Serra centrou sua resposta na polêmica sobre o aborto e no ‘Erenicegate’. Disse que Dilma confunde “verdades e reportagens com ataques”.
fonte: Cena G
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