Pessoas com mais de 50 anos com HIV têm mais probabilidade de serem diagnosticadas com o estágio avançado da doença do que adultos jovens, segundo um estudo britânico.
Elas também têm duas vezes chances de morrer dentro de um ano após o teste de HIV do que os jovens, mesmo que eles sejam diagnosticados tardiamente.
'Existe um grupo de pessoas que não faz o teste porque imagina que não está em risco', disse Valerie Delpech, da Agência de Proteção da Saúde do Reino Unido Centro de Infecções em Londres, que trabalhou no estudo.
Ela disse que o número de britânicos infectados pelo HIV triplicou nos últimos dez anos, atingindo mais de 55.000 em 2007. Enquanto os idosos representam apenas cerca de um em cada seis desses casos, o número de novos diagnósticos está crescendo mais rapidamente entre aqueles com mais de 50 anos.
"Os números ainda são pequenos", disse Delpech, cujos resultados foram publicados na revista AIDS. Ela estimou que menos de mil britânicos foram infectadas com o HIV. Mas "todos podem estar em risco, e precisamos pensar sobre isso", disse Delpech.
De 2000 a 2007, o número de pessoas recém-diagnosticadas com mais de 50 anos saltou de 299 para 710. Em comparação aos mais jovens, a maioria dos idosos soropositivos eram homens brancos homossexuais.
"Não eram todos homens gays", salientou Delpech. "Na verdade, houve uma grande proporção de homens e mulheres heterossexuais."
Quase metade deles foram diagnosticados em estágio avançado da doença. Cerca de 14% destas pessoas tinham morrido um ano depois, em comparação a apenas 1% dos indivíduos testados rapidamente.
Embora as razões não fossem claras, ela disse que mais divórcios e melhores condições de saúde podem ter colaborado para o aumento da atividade sexual entre os idosos.
Em um estudo anterior de doenças sexualmente transmissíveis, Anupam B. Jena, do Massachusetts General Hospital, em Boston, que não esteve envolvido no estudo, descobriu que os homens de 60 anos que tomavam Viagra, remédio para disfunção erétil, tinham o dobro da taxa de DSTs do que aqueles não medicados.
Ele disse que o novo estudo deixou claro pela primeira vez que o número crescente de idosos soropositivos não se deve apenas às pessoas que vivem mais com medicamentos mais eficazes. De fato, os pesquisadores foram capazes de mostrar que cerca de metade das pessoas diagnosticadas após o 50º aniversário também tinham sido infectadas com 50 anos ou mais.
Delpech disse que devem considerar fazer o teste todos os homossexuais, pessoas que viajaram para fora do país e tiveram relações sexuais com moradores, ou quem iniciou um novo relacionamento. Se diagnosticados e tratados prontamente aos 30 anos, ela disse que as pessoas podem facilmente viver até 75 anos.
"Não é tudo má notícia", acrescentou. "Se você for diagnosticado precocemente, há medicamentos altamente eficazes."
fonte: BOL
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