Debate sobre relação dos gays com a sociedade holandesa marcou evento. Cerca de 80 barcos se apresentaram no canal Prinsengracht.
Os participantes da Parada do Orgulho Gay anual de Amsterdã quase dobraram o número da população local neste sábado (7), apesar da chuva e de discussões em curso sobre como receber os gays entre todos os setores da sociedade holandesa.
Cerca de 500 mil pessoas seguiram para o evento, que apresenta cerca de 80 barcos no canal Prinsengracht. O "Europa Pride" (Orgulho Europeu), um barco de transporte de membros do Parlamento Europeu, abriu o caminho do desfile.
A cor rosa tomou a cidade --chapéus rosa, penas rosa, camisas rosa-- com grupos trajando roupas diferentes, incluindo um barco cheio de pessoas vestidas de Papai Noel e homens usando asas de anjos.
Mas, apesar de toda a festividade, os sinais de inquietação entre os membros da comunidade gay e sua relação com a sociedade holandesa também vieram à tona.
"Estamos fazendo a nós mesmos uma paródia de ser homossexual", disse Hans Bruggeman, de 83 anos, um ex-conselheiro da cidade e membro do Parlamento holandês na véspera do desfile. "Portanto, eu prefiro ficar em casa e não me juntar a eles."
Bruggeman, vestindo uma camisa de manga curta e suspensórios, tinha um particular desdém pelo tom do desfile. "Quando eu deveria participar da festa, eu deveria estar vestido como estou agora, e não só com alguma coisinha miúda", afirmou.
Bruggeman abordou uma questão que tem gerado crescente controvérsia para a segurança dos gays em Amsterdã: a mostra pública da homossexualidade.
A edição local da revista Time Out, em sua mais recente edição, publicou um artigo questionando se Amsterdã havia se tornando um lugar inseguro para os gays viverem --quase 200 anos depois de ter se tornado um dos primeiros lugares no mundo a aceitar a homossexualidade explicitamente.
fonte: G1
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