Em entrevista concedida ao jornal mexicano La Jornada, Fidel Castro, de 84 anos assumiu a responsabilidade por não ter eliminado a perseguição aos "diferentes" na Ilha entre 1960 e 1970.
O líder da revolução disse: "naquela época e por causa da homofobia, se afastou e discriminou aos homossexuais em Cuba, muitos foram para campos de trabalho militar-agrícola sendo acusados de contra-revolucionários". E acrescentou: "foram momentos de uma grande injustiça, e se fui eu, e realmente tenho grande responsabilidade nisso, o assumo, mesmo que não tenha esse tipo de pré-conceitos".
No país, é sabido que entre seus melhores e mais velhos amigos há homossexuais.
Castro tentou justificar a falta de atenção sobre o problema ao contexto internacional que vivia nessa época a Cuba revolucionária. “Eu não podia me ocupar desses assuntos. Estava preocupado principalmente com a Crise de Outubro, da geurra, das questões políticas. Eram nossos primeiros meses à frente da Revolução".
Sob a consigna "A homossexualidade não é um perigo, a homofobia sim" foi realizado em muitas cidades cubanas a terceira Jornada Cubana pelo dia contra a Homofobia. Um dos órgãos que levou adiante o evento foi o Centro Nacional de Educação Sexual (CENESEX), uma instituição que conseguiu melhorar a imagem de Cuba após as discriminações dos anos 60. CENESEX é liderada pela socióloga Mariela Castro, filha do líder cubano.
fonte: o repórter
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