A 13ª edição da Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), ontem, em Belo Horizonte, foi marcada por muitas cores, animação, irreverência e, como não podia deixar de ser, um tom político. Com o tema, "Nosso voto quer respeito, nossa luta é por direito", cerca de 30 mil gays e simpatizantes tomaram o entorno da praça da Estação, no centro da capital, e pediram que a população vote consciente.
Em ano eleitoral, o movimento levantou ainda a bandeira da "ficha limpa da homofobia", defendendo o voto em políticos que, além de não terem problemas com a Justiça, também defendam a causa gay tanto no Legislativo quanto no Executivo. "Há 15 anos tramita no Congresso um projeto que pune a discriminação, mas ainda não temos nenhuma lei aprovada", afirmou um dos organizadores do evento, Carlos Magno.
"A grande parte das pessoas que estão aqui nem sabe o que são direitos civis", alertou Elaine Mendes, militante da Associação Lésbica de Minas (Alem). Duas igrejas evangélicas da capital voltadas para o público gay também participaram da festa da diversidade.
Animação A festa começou no fim da manhã, com shows de drag queens no palco montado na praça. Por volta das 16h30, os quatro trios elétricos começaram seu trajeto até chegarem a rua Professor Moraes. Uma bandeira de 50 m com as cores do arco-íris, símbolo do movimento gay, deixou a festa ainda mais colorida. Mesmo que a expectativa dos organizadores de receber 100 mil pessoas não tenha sido atingida, a aglomeração foi intensa e deixou o trânsito lento nas proximidades.
O jornalista e colunista Oswaldo Braga comemorou a alegria da festa. "Belo Horizonte está mostrando que a tradicional família mineira não é tão tradicional assim". Já Rosiane Rodrigues, que vendia churrasco, estava frustrada. "Esse ano o movimento está mais fraco".
fonte: o tempo
Nenhum comentário:
Postar um comentário