quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Movimento LGBT de MG pede prisão de acusado de assassinar professor gay

O movimento LGBT de Minas Gerais, com o apoio da ABGLT, está articulando para que um acusado de assassinar um professor homossexual responda ao processo na prisão. O réu é Leandro Caixeta Alves, de 21 anos, que confessou ter matado o professor de língua portuguesa, Gilmar Eustáquio da Silva, de 43 anos, na noite do dia 27 de setembro, em Patos de Minas, Minas Gerais.

Segundo o delegado Ricardo Peixoto, Leandro contou ter conhecido Gilmar na mesma noite em uma boate. E após algumas cervejas, os dois foram parar na casa do professor. “Chegando ao apartamento, eles ingeriram também duas latas de cerveja. Depois disso, iniciaram uma discussão e dessa discussão resultou na morte do Gilmar”, explica o delegado.

Gilmar foi encontrado no chão de sua sala dois dias depois, 29 de setembro, com 67 perfurações, sendo três no coração e uma grande abertura no pescoço, todas feitas a golpes de tesoura e faca. À polícia, Leandro disse que estava apenas se defendendo, pois Gilmar teria usado a força para tentar praticar sexo com ele.

Leandro chegou a ser preso a pedido do Ministério Público, mas no dia 11 de novembro ganhou a liberdade após intervenção de seus advogados. De acordo com a Secretaria da Vara Criminal de Patos de Minas, Leandro está em liberdade por ser réu primário, por ter confessado o crime e por ter endereço fixo na cidade.

“O assassinato chocou pela crueldade e violência. Em Patos de Minas, a população está chocada e indignada com a libertação do assassino confesso. O professor era muito querido”, diz Carlos Bem, do Movimento Gay da Região das Vertentes de São João del-Rei.

Para exigir que o réu seja novamente preso, o movimento LGBT de Minas está organizando um documento que será encaminhado às autoridades da cidade. “Na próxima semana, iremos à cidade com uma comitiva, usaremos a tribuna e teremos uma reunião com autoridades para exigir que o assassino responda ao processo preso”, diz Bem. Os ativistas pedem ainda que a Comissão de Direitos Humanos de Minas Gerais também acompanhe o caso.

fonte: G Online

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