sábado, 28 de novembro de 2009

Cristiane Torloni vive bissexual no espetáculo A Loba de Ray-Ban em Sampa

divulgação Em 1987, um ano antes do encerramento oficial da censura no Brasil, O Lobo de Ray Ban, de Renato Borghi, fez sucesso ao mostrar o triângulo amoroso entre um ator, sua ex-mulher e seu jovem amante. Vividos na época por Raul Cortez, Cristiane Torloni e Leonardo Franco, respectivamente.

Mais de duas décadas depois, eis que Cristiane Torloni pede para Borghi reescrever a história, desta vez colocando uma mulher bissexual no lugar que foi de Cortez. Para dirigir, o mesmo diretor da montagem "masculina", José Possi Neto. Para o papel masculino, o mesmo Leonardo Franco, mais velho, porém igualmente gostoso ao que era aos 20 e poucos anos. O resultado é impressionante: os caminhos do desejo apareceram em configurações surpreendentemente novas, ainda que as falas permaneçam inalteradas em sua essência.

Agora loba, Cristiane Torloni vive uma mulher poderosa, atriz consagrada que se envolve com uma colega mais jovem. Sem medo, entrega-se a cenas fortes, com beijo na boca e nos seios, uma ousadia digna de quem já se consagrou como uma de nossas artistas mais proeminentes.

Na Loba da Ray Ban, as situações clichês da bissexualidade estão presentes, incluindo a curiosidade do marido abandonado em saber qual delas faz o que na cama – e, claro, de saber também se a namorada é melhor ou pior em performance do que ele. Mas vai muito além disso. Revela os impasses de uma moral caduca e as deficiências de nosso sistema de classificação trinário (hétero, homo, bi). Inevitável, também, questionar o que há de autobiográfico na trama, mas isso é outra história.

A atriz Maria Maya, a mais nova no grupo, ainda fraqueja em alguns momentos do espetáculo. No entanto, isso não invalida o conjunto e A Loba de Ray Ban é, com certeza, uma das melhores peças em cartaz. Sem contar que o fã clube de Cristiane Torloni comparece em peso, o que cria um espetáculo à parte.

serviço: A Loba de Ray Ban
onde? Teatro Shopping Frei Caneca. Rua Frei Caneca, 569
quando? Quinta e Sábado, às 21h; Sexta, às 21h30; Domingo, às 19h
+ informações: (11) 3472-2229 / 3472-2230
quanto? Quinta R$ 70; Sexta a Domingo R$ 80
* Em cartaz até 20 de dezembro

fonte: G Online

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