O professor e jornalista Juliano Azevedo, 32 anos, que foi agredido juntamente com um amigo por skinheads na Savassi, em Belo Horizonte, no início da madrugada desse sábado (27), conseguiu fazer o boletim de ocorrência somente nesse domingo (28) na Delegacia Seccional Leste. Segundo a vítima, ele e o colega tiveram a ajuda negada por guardas municipais que estavam próximos do local. Ao ligarem para o 190, a Polícia Militar pediu para que eles fossem para o Hospital João XXIII para fazer o boletim no plantão da PM, contudo o guichê estava fechado.
Segundo Juliano Azevedo, a sensação de medo foi grande ao sair de casa pela primeira vez nesse domingo (28) depois da agressão que aconteceu no sábado (27). “Espero que todas as pessoas que sofram qualquer tipo de violência tenham coragem de denunciar, eu espero que todos tenham determinação para lutar pelos seus direitos”, desabafa.
De acordo com a Coordenadora Especial de Diversidade Sexual, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, Valquíria La Roche, já existe um espaço próprio em Belo Horizonte, que fica na rua Paracatu, 822, no Barro Preto, região Centro-Sul, onde pessoas que sofrerem violência homofóbica podem denunciar.
A Polícia Militar está apurando a denúncia de que as vítimas não conseguiram fazer o registro da agressão no mesmo dia, caso se comprove que o funcionário não agiu de forma devida, serão tomadas as medidas cabíveis.
fonte: Cena G
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