A cidade de São Paulo realizou nos últimos sábado e domingo (16 e 17) a sétima edição da Virada Cultural, que neste ano foi marcada por uma organização maior e uma presença mais tímida dos gays entre os 4,5 milhões de pessoas (segundo a prefeitura). Quase não se via casais de mesmo sexo de mãos dadas, principalmente masculinos. Mais uma vez a visibilidade ficou por conta das várias meninas que não estavam nem aí e ocuparam seu espaço com seu afeto lésbico.
Mas as 24 horas de programação artística pelo centro antigo da maior cidade do País registrou um momento histórico: a campanha militante “É Hora de Virada. Basta de Homofobia!” distribui somente no sábado cerca de 5 mil adesivos com sua mensagem – o que foi legal é que eles eram usados em sua esmagadora maioria por casais heterossexuais e até algumas crianças.
A população da Virada, independente de orientação sexual, mostrou querer uma cidade onde todos convivam em paz, sem ataques na Avenida Paulista, sem lâmpadas. Um clima de paz que permeou toda a programação do evento – com exceção de certa animosidade no show do Misfits, no Palco Júlio Prestes.
Bonitos e descolados de todas as idades se encontraram no Boulevard São João nos dois dias, onde o repertório era formado somente por discos dos Beatles, em ordem cronológica. Era um dos espaços mais legais e tranquilos da Virada, bem diferente do tumulto e impossibilidade de ver os shows no Palco São João. Quem tentou ver os jamaicanos do Skatalites, por exemplo, ficava tão longe do palco que quase ouvia os Beatles, lá na outra ponta da avenida.
Os destaques ficaram por conta do delicioso show de Rita Lee logo na abertura da programação, no sábado, e Marina Lima no Palco Arouche, na madrugada de domingo. Já à tarde, o palco dos Beatles continuava cheio (ficou cheio as 24 horas) de gente em clima despretensioso, com direito a sentar no chão mesmo. Nas pistas, a da Sé bombava com muito trance e a do Largo São Francisco apostava em sucessos estabelecidos que iam de Daft Punk à Vanessa da Mata.
Ao entardecer, quem deu o tom foi Mart’nália no Palco República, que ficou bem cheio de fãs bolachas. Com quase uma hora de atraso, Paulinho da Viola subiu ao mesmo palco apara fazer um dos mais curtos e intensos shows da sétima edição da Virada Cultural. Não teve quem ficasse de braço abaixado e quadril parado enquanto ele cantarolava sucessos como “Foi um rio que passou em minha vida”, “Pecado Capital” e a unânime “Dança da Solidão”.
fonte: MixBrasil
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