Agressões teriam ocorrido no dia 1º de abril. UFMG informou que campanha contra homofobia vai ser reforçada.
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) informou, nesta sexta-feira (15), que vai nomear uma comissão de sindicância para investigar agressões que teriam sido cometidas contra dois casais homossexuais, em uma calourada da Faculdade de Letras. A festa foi no dia 1º de abril, no campus Pampulha, em Belo Horizonte. A universidade começou a investigar o caso, depois de receber uma carta assinada pela Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (Anel), pelo Grupo Universitário em Defesa da Diversidade Sexual (Gudds) e por Diretórios e Centros Acadêmicos da universidade, nesta terça-feira (12).
Um trecho da carta informa que “segundo relato de estudantes, um casal de mulheres foi abordado por um homem com piadinhas muito ofensivas, preconceituosas, machistas e homofóbicas. No mesmo dia, um casal gay também foi abordado por um homem que agrediu fisicamente, com chutes, um dos rapazes”. Daniel Arruda, que integra o Gudds, diz que é importante ressaltar que a identidade dos alunos agredidos foi preservada na carta para evitar exposição pública.
"A gente vai procurar usar este caso para fazer um debate com os estudantes e com a universidade sobre como homossexuais, mulheres e negros são inseridos", diz a integrante da Comissão Executiva Nacional da Anel em Minas Gerais, Mariah Mello.
Segundo o diretor de assuntos estudantis da UFMG, Luiz Guilherme Knauer, a direção da universidade e os alunos agredidos se reuniram nesta quinta-feira (14). De acordo com ele, caso o agressor estude na instituição de ensino, vai ser instaurada uma comissão de inquérito para definir a punição que ele deve receber. Knauer também informou que as informações sobre os suspeitos vão ser encaminhadas às autoridades competentes.
A assessoria de imprensa da UFMG informou que a universidade realiza campanhas contra o trote e que, na recepção aos calouros, a universidade oferece palestras, nas quais reforça o respeito às diferenças e orienta os alunos sobre as punições caso seja registrada algum tipo de violência. De acordo com a unidade de ensino, a conscientização contra a homofobia vai ser reforçada no campus e vai integrar o programa “Bocados de Gentileza”, que pretende melhorar a convivência entre estudantes e funcionários da instituição.
fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário