O cantor porto-riquenho, Ricky Martin, prestes a lançar seu novo álbum "Música+Alma+Sexo", considerou que a confissão pública sobre sua homossexualidade o aproximou de um público que até então o rejeitava, segundo uma entrevista publicada neste domingo pelo jornal Clarín.
"Há pessoas que antes não gostavam de mim e que agora gostam por eu ser gay", afirmou o artista de 39 anos em Miami.
Autor do livro "Yo", onde detalha pormenores de sua vida privada, sua infância e seu início como artista no grupo Menudo, Martin afirma que neste momento de sua vida o mais importante é estar bem consigo mesmo.
"Durante muitos anos fiz todo o possível para que os outros me aceitassem sem que eu mesmo tivesse me aceitado", justificou.
Pai de gêmeos, nascidos através de barriga de aluguel, o artista pensa aumentar em breve sua família.
"Seremos mais, terei uma família maior, acabei de iniciar minha família, creio que dentro de dois anos, quando estiver fazendo teatro, vou buscar a 'menina do papai'", afirmou.
Em um relacionamento há três anos, Martin afirmou que não pensa, por enquanto, em casamento.
"Até agora não falamos disso, acontecerá quando tiver que acontecer, nem antes nem depois, estamos muito bem assim", disse, sobre seu parceiro cuja identidade é mantida em segredo.
Em seu novo álbum, Ricky Martin volta a cantar sobre uma mulher na canção "Frío", cuja letra reescreveu "para encontrar um equilíbrio".
"A melodia me fascinou, mas pedi para trabalhar a letra. Eles tinham esse 'como você é bonita', e me perguntei como resolver esses versos sem que dissessem: 'Ricky, decida-se, está mandando mensagens mistas', mas decidi dizer 'como você é bonita' e contar esse romance que tive com uma mulher, que me encantou, mas que honestamente meu coração não podia mais fingir", explicou.
O artista considera que deve sua carreira, em grande parte, a sua condição de homossexual, e que as coisas que passou o fortaleceram.
"Tudo me fortaleceu de uma forma incrível, onde eu caio, muitos se matam", completou.
Na opinião dele, "se não fosse gay, não teria trabalhado da forma obsessiva com que trabalhei, tentando evitar o que sou. Vendo o lado macro de tudo, sou o que sou porque nasci homossexual", afirmou.
fonte: UOL
Nenhum comentário:
Postar um comentário