quinta-feira, 22 de julho de 2010

Dilma defende união civil entre gays e se diz contra a legalização da maconha

Candidata do PT à Presidência deu entrevista à TV Brasil nesta quarta-feira

dilma-tv-brasilA candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, respondeu a temas polêmicos nesta quarta-feira (21) durante entrevista que concedeu à estatal TV Brasil. A ex-ministra da Casa Civil do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi questionada sobre a união civil entre homossexuais, o aborto e a descriminalização da maconha.

Sobre a união civil entre pessoas do mesmo sexo, a candidata disse que é a favor, mas afirmou que “ninguém possa ter interferência” em outras esferas, como a religiosa.

- Sou a favor da união civil [entre homossexuais]. Não acredito que alguém possa ter interferência e definir relações fora da união civil [como o casamento religioso]. Sou totalmente a favor dos direitos civis. O Judiciário vem reconhecendo isso sistematicamente em decisões recentes.

Já sobre o aborto, a ex-ministra disse que o assunto tem que ser tratado como uma “questão de saúde pública”. Ela não respondeu, entretanto, se é a favor de uma mudança na atual legislação.

- O aborto é uma questão de saúde publica, mas para algumas pessoas é questão religiosa. O que não dá é pra ter mulheres morrendo tentando fazer abortos com agulhas de crochê.

A respeito da descriminalização da maconha, a candidata petista afirmou que o Brasil ainda não está preparado para legalizar a droga.

- Não podemos falar em processo de descriminalização de droga nenhuma enquanto tivermos o quadro que temos hoje no Brasil. Uma droga não está isolada da outra. O consumo de crack se une ao de outras drogas. Temos que ter cuidado pra não chegar nessa situação de descriminalização. Brasil não tem condições hoje de propor a descriminalização de qualquer droga.

No início do programa, Dilma havia sido questionada sobre outros assuntos polêmicos. A taxação de fortunas, a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas e o controle da imprensa foram tratados com cautela pela candidata durante a entrevista. Ela disse ser “rigorosamente contrária” ao controle dos meios de comunicação.

- Acho que temos de distinguir duas coisas. O mundo inteiro tem em relação as mídias discussão que leva a marcos regulatórios. Há a lei que proíbe capital estrangeiro em algumas mídias. Outra coisa é controle sobre conteúdo, restrição e censura. Aí o único controle é o controle remoto do espectador que muda de canal. Sou rigorosamente contraria ao controle do conteúdo. No que se refere ao controle social, não existe controle social que não seja público. No caso da mídia. É inadmissível a censura à imprensa.

Ela disse discordar de uma eventual taxação de fortunas.

- Taxação de fortunas é inócuo. Não há indicador de que a tributação de grandes fortunas resulte em benefício.

A candidata petista também disse que o país precisa "amadurecer" antes de pensar em reduzir a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais.

- Há setores que podem, é questão de combinar entre empregadores e empregados. Outros não têm a mesma condição. Acho que a sociedade como um todo tem de amadurecer e caminhar pra isso. Não temos como fazer o governo legislar sobre uma coisa que tem de amadurecer mais na sociedade.

fonte: R7

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