O ex-governador de São Paulo e pré-candidato pelo PSDB à presidência da República, José Serra, afirmou, neste fim de semana, que o Estado não deve legislar sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo em cerimônias religiosas. A afirmação foi feita em Santa Catarina durante um encontro da igreja Assembleia de Deus em Camboriu, no Litoral Norte.
“Essa é uma questão de cada igreja. Cada uma tem liberdade e autonomia para decidir a esse respeito. Seria uma intrusão dizer que tal igreja tem que fazer isso ou aquilo”, afirmou, sem opinar sobre a união homossexual sem o envolvimento de ritos religiosos.
Durante o discurso, o ex-governador de São Paulo citou passagens bíblicas e falou em saúde e qualidade de vida. Ele lembrou a importância da vacinação contra a gripe A (H1N1) e os malefícios trazidos pelo cigarro. Ao final, pediu que os evangélicos orassem por ele seguir “na luta pelo progresso do país”.
José Serra destacou ainda o papel da comunidade evangélica na política, mas preferiu não polemizar sobre uma possível adesão em massa à sua futura candidatura. “Não acho que deveriam ou não [aderir]. Eu gostaria, mas dever eles têm diante de sua consciência e diante de Deus. Não creio que possamos avaliar o peso dos evangélicos do ponto de vista eleitoral. Claro que é muito grande, mas eles têm um papel muito importante no nosso país, que vai além das eleições”, afirmou.
No evento, Serra esteve acompanhado do governador de Santa Catarina, Leonel Pavan (PSDB), e outras lideranças tucanas. Também compareceram ao 28º Congresso Internacional de Missões dos Gideões Missionários da Última Hora, no sábado à noite, o ex-governador Luiz Henrique da Silveira, que renunciou para concorrer ao Senado, e a senadora Ideli Salvatti, pré-candidata pelo PT ao governo catarinense.
Em entrevista à imprensa local, foi perguntado a Serra se ele temia que a investigação da Polícia Federal e o processo que corre na Justiça contra o governador Pavan atrapalhassem seus planos em Santa Catarina. Serra respondeu que não conseguiria avaliar o impacto, alegando desconhecer a investigação.
Pavan, pré-candidato à reeleição, é a principal liderança tucana no Estado. O governador foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes de corrupção passiva, quebra de sigilo funcional e advocacia administrativa, depois de supostamente intermediar a tentativa de liberação de registro a uma empresa do ramo de combustíveis, que teve sua inscrição estadual cassada. O processo ainda está em andamento.
fonte: AthosGLS
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