terça-feira, 27 de outubro de 2009

Gays pedem audiência com Requião no Paraná

A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), com sede em Curitiba, pediu nesta terça-feira (27) audiência com o governador Roberto Requião (PMDB), horas depois de ele ter dito que o câncer de mama em homens deve ser "consequência de passeatas gay".

No pedido de audiência, a ABGLT elogia a atuação de Requião e da Secretaria de Segurança Pública. “Gostaríamos de dizer que senhor tem sido considerado um grande aliado dos direitos humanos de todas as comunidades, inclusive da comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT). O senhor foi um dos primeiros governadores a convocar a 1ª Conferência Estadual LGBT”, diz o ofício.

Segundo a associação, a frase de Requião, dita em um programa da TV educativa do Paraná (veja vídeo acima), “não foi de bom tom”, e cita reportagem sobre o caso publicada mais cedo pelo G1.

“Sabemos que Vossa Excelência gosta muito de humor e realmente o humor ajuda os discursos a serem entendidos melhor pela população. Infelizmente, seu comentário na “escolinha’ do governo do dia de hoje, colocando que o câncer de mama em homens deve ser uma consequência das passeatas gays (sic) não foi de bom tom. Felizmente, a plateia não deu gargalhadas e o Secretário de Estado da Saúde, Gilberto Martin, foi feliz nas suas colocações a respeito”, escreve a ABGLT.

No ofício, a associação destaca o trabalho da Secretaria de Segurança Pública, que “tem feito um trabalho exemplar na captura das quadrilhas neonazistas no estado do Paraná”. Homossexuais são frequentemente alvos de grupos neonazistas.

A associação pede a audiência para discutir o andamento da implementação das propostas aprovadas pela 1ª Conferência Estadual LGBT, realizada em 2008. “Afinal, consideramos o senhor um aliado. Estamos juntos contra todas as doenças, inclusive o câncer de próstata”, diz o pedido assinado pelo presidente da associação, Toni Reis.

O G1 tentou contato com Requião e com assessores durante parte da tarde. A reportagem deixou recados em celulares de assessores para saber se o governador receberia o grupo, mas não teve resposta até o momento. Mais cedo, a assessoria do governo do Paraná disse ao G1 que, "por enquanto", não comentaria as declarações do governador.

fonte: G1

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