O gaúcho radicado em Recife Evandro Maia, 33 anos, é arquiteto, fala quatro idiomas, é também campeão de MMA e, agora, Mr. Gay Brasil 2013. O belo vai nos representar na final mundial do concurso, que acontecerá na Antuérpia. “Recife é aberta para homossexuais, acho que até mais que São Paulo, mas sempre tem aquelas pessoas que acreditam que gay precisa ser desmunhecado. O que gosto nisso tudo é quando ganho no ringue de algum valentão que é contra homossexuais, sempre digo: ‘tá vendo, apanhou de viado’”, brinca o mister Maia. De desmunhecado ele não tem nada, mas mostra que tem muito amor no coração. “Quero ganhar uma luta, sair do ringue e beijar meu namorado”.
Aliás, o namorado já ocupou o cargo de marido. “Eu sempre falo que estou ‘renamorando’. Pois já fomos casados, e agora voltamos a namorar. Ele é uma pessoa muito especial, eu até tentei levá-lo para o tatame, mas ele já tem sua profissão e carreira estabelecida e não gosta muito de lutar”, revela. “O meio do MMA ainda é muito preconceituoso, já tive colegas de treino que depois que descobriram que eu era gay deixaram de treinar comigo. Esta situação acontece muito também nos treinos de jiu jitsu, já que a luta é bastante erótica e tem um contato corporal intenso. Como sou grande e forte, sempre domino as lutas e quem é machista não curte muito ser dominado, no tatame, por um gay”.
Piadas não faltaram para Maia quando ele ganhou o maior concurso de beleza gay do Brasil. “Muitos na academia tiraram onda de mim quando ganhei o Mr. Gay Brasil”, revela o rapaz. Para manter o corpo dos deuses, ele tem uma agenda semanal bastante cheia. “Minha semana é toda regradinha, começo a treinar para o MMA às cinco horas da manhã, vou para o trabalho às sete horas. Durante a tarde, malho e treino jiu jitsu. Não tenho tempo para amigos de segunda à sexta-feira. Mas separo os fins de semana só para eles. Nem quero ouvir a palavra academia aos sábados e domingos”.
Ele também revela um segredo sobre como manter seu corpão: não toma nenhum tipo de suplemento alimentar, toda sua dieta é baseada em cinco refeições diárias que ele mesmo prepara.
“Eu cozinho bem, aprendi a cozinhar com a minha mãe. Não gosto de tomar doses de proteínas e carboidratos, então, tudo que preciso comer para manter a forma eu faço e levo as porções para o trabalho”.
Agora que possui um titulo de visibilidade na mídia, ele quer lutar contra o preconceito nas lutas e chamar a atenção da comunidade LGBT de que é possível praticar esportes que exigem força física. “Quero quebrar este estereotipo de que todo gay é fraco e de que não há espaço para nós no ambiente esportivo. Além disso, quero abrir meu escritório de arquitetura e continuar exercendo minha profissão de formação.”
fonte: MixBrasil
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