sexta-feira, 13 de julho de 2012

Itália: Manual para Polícia Militar associa gay à necrofilia e ao incesto

Texto foi modificado após sofrer críticas por organizações dos direitos dos homossexuais

Um manual polêmico, que indicava que o homossexualismo seria uma “degeneração” comparável a zoofilia, a necrofilia e ao incesto, foi rapidamente modificado pela Polícia Militar depois de sofrer críticas por organizações dos direitos dos homossexuais na Itália. O parágrafo foi retirado do manual da Escola de Carabineiros, datado de dezembro de 2011, e destinado a preparar os exames para aspirantes a ajudantes de marechais. “Tratava-se de material erroneamente incluído num texto antiquado e já revisto” explicou dias depois um comunicado da Polícia Militar.

Para o comandante Leonardo Gallitellu, comandante dos carabineiros, “foi um infeliz mal entendido”. O texto foi descoberto pelo jornal italiano “Corriere della Sera”. Aprovado pelo coronel Pasquale Santoro, o manual foi usado pelos candidatos que se apresentaram no fim de junho ao exame.

O resumo do texto que foi retirado indicava os passos que um bom ajudante deve seguir para completar os dados de delinquentes, detentos em prisão domiciliar, membros do crime organizado, invasores ou pessoas socialmente perigosas. No manual, os aspirantes ao posto eram lembrados de que é importante definir as doenças mentais dos indivíduos e concretamente suas degenerações sexuais, porque “o instinto sexual faz parte ativa da formação do caráter e do desenvolvimento das atividades individuais”.

O conteúdo do exame gerou fortes críticas na comunidade gay italiana. Para a a deputada Paola Concia, membro do Partido Democrata, as observações no texto podem ser classificadas como “homofobia de Estado”.

- É vergonhoso. Tenho de conter minha raiva, mas me custa muito. Os que teriam que nos defender, são os mesmos que afirmam que a homossexualidade é como zoofilia, uma perversão. Com isso, se alguém agredir a um gay é porque ele merece - afirmou a deputada, lésbica assumida, ao jornal espanhol “El Mundo”.

fonte: O Globo

Rio Grande do Sul: Primeiro casamento gay agita cidade na Grande Porto Alegre

foto: reprodução Facebook/Lado AO corretor de imóveis Christopher Allves, 21, e o técnico em enfermagem Ricardo Caldeira, 39, se uniram em matrimônio na manhã desta sexta-feira 13 em Guaíba, Rio Grande do Sul.  Os gaúchos se conheceram por meio de amigos em comum e viviam juntos há um ano. A cerimômia de casamento civil foi realizada às 10h da manhã de hoje no Cartório de Registros Civil de Guaíba.

Segundo Caldeira, foi amor a primeira vista e oito dias depois eles já estavam trocando alianças. “Temos muito orgulho de fazer parte desta conquista”, afirmou o mais novo homem casado de Guaíba que saiu da capital para viver com seu companheiro guaibense. O amigo que os apresentou foi padrinho de casamento do casal.

“Eu acho quem em Guaíba tem menos preconceito do que Porto Alegre, a gente anda aqui junto e nos sentimos seguros”, revela o casal que teve que assinar o livro do cartório citando “ele” para Allves e “ela” para Caldeira. O fato é comum no Rio Grande do Sul, que mesmo realizando as uniões do mesmo sexo, como manda decisão do Supremo Tribunal Federal de maio do ano passado, não encontram bom senso em realizar a cerimônia referindo-se aos dois cônjuges no masculino e nem uma lei nova para alterar os formulários oficiais.

O casal sai hoje em Lua de Mel e amanhã comemora com amigos em um pub de Guaíba o casamento inédito na cidade.

fonte: Lado A

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