quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Piauí: Professor é demitido após utilizar texto homofóbico em sala de aula

812298O professor Raimundo Leôncio Ferraz Fortes, que ministra a disciplina Metodologia da Pesquisa Científica no curso de Serviço Social da Faculdade Ademar Rosado (FAR), em Teresina (PI), foi demitido pela direção da instituição após alunos se queixarem de texto com conteúdo homofóbico.

No texto, intitulado "União Civil entre Homossexuais" (leia abaixo), o professor diz que o casamento gay "não faz sentido" porque não visa a "procriação". "Em se tratando da 'vida conjugar' entre os homossexuais, constata-se, que, embora o aspecto unitivo se faça presente entre eles, não se realiza o aspecto procriativo já que este decorre da união entre um homem e uma mulher e não entre duas pessoas do mesmo sexo", diz trecho do texto.

O Grupo Matizes, que defende os direitos LGBT em Teresina, enviou ofício à direção da faculdade. A coordenadora do curso, Iris Neiva, manifestou-se sobre o caso e disse que a instituição "não aprova a postura do professor".

"Nós já enviamos cópia do texto para todas as entidades LGBT do Brasil, além de elaborar um documento parabenizando às estudantes pela coragem de, não só se recusar a fazer a prova, mas também de denunciar a atitude homofóbica do professor", diz Marinalva Santana, articuladora da Liga Brasileira de Lésbicas (LBL) no Piauí.
Confira abaixo texto da prova na íntegra:

UNIÃO CIVIL ENTRE HOMOSSEXUAIS

Assistimos há pouco tempo na novela da Rede Globo (Páginas da Vida) uma história na qual se mostra a "vida conjugal" entre homossexuais, inclusive havendo a pretensão dos mesmos adotarem filhos. Ao mesmo tempo, existe projeto na Câmara dos Deputados em tramitação já há algum tempo para ser votado, visando legitimar juridicamente o "vínculo conjugal", que garantiria para os homossexuais os mesmos direitos dos casais heterossexuais.

Diante desta possibilidade de institucionalização do casamento para casais homossexuais, é importante colocarmos a grande responsabilidade dos deputados federais na tomada de decisão em relação ao objetivo de tal projeto. Em razão disto, é que nossos representantes devem nesta decisão fundamentar-se na ética - que é a fonte do direito - e não simplesmente deixar-se conduzir pelos sentimentos em relação a essa causa ou a situação de discriminação, do qual são vítimas esse grupo social, que merece respeito: em razão disso se faz necessário uma reflexão.
Sendo a vida conjugal uma forma de vivenciar a sexualidade a um nível de maior intimidade afetiva e física, incluindo uma de suas dimensões, que é a genitalidade - capacidade de utilização dos órgãos sexuais - não se pode deixar de reconhecer que no casamento, o aspecto unitivo, que é a manifestação de amor entre um homem e uma mulher, é o que possibilita a concretização de outro aspecto - não menos importante - que é a procriação: a geração de filhos para educá-los.

Contudo, em se tratando da "vida conjugar" entre os homossexuais, constata-se, que, embora o aspecto o unitivo se faça presente entre eles, não se realiza o aspecto procriativo já que este, decorre da união entre um homem e uma mulher e não entre duas pessoas do mesmo sexo. Por isso, essa pretensão entre os homossexuais não tem sentido, não devendo, portanto ser reconhecido juridicamente.

Deve-se considerar também, que a própria "relação sexual" que se estabelece entre os homossexuais contraria a ordem das coisas relativas à sexualidade e genitalidade humana. Sendo o ânus um órgão não receptor, como a vagina, mas expelidor de excrementos, não existem mecanismos facilitadores deste tipo de relação, pois não há nenhuma substância líquida, como no órgão feminino, que possibilite uma relação satisfatória.

Também, por ser uma relação cuja posição não é face a face, mas ao contrário, no mais puro estilo animal, não tem como se expressar o amor de uma pessoa pela outra, já que esta posição revela mais uma instrumentalização do outro, a mera busca do prazer.

fonte: A Capa

Brasil é o país que mais discrimina gays e lésbicas do mundo

Entre 1948 e 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a homossexualidade como um transtorno mental. Em 17 de maio de 1990, a assembleia geral da OMS aprovou a retirada do código 302.0 (Homossexualidade) da Classificação Internacional de Doenças, declarando que “a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão”. A nova classificação entrou em vigor entre os países-membro das Nações Unidas em 1993. Com isso, marcou-se o fim de um ciclo de 2000 anos em que a cultura judaico-cristã encarou a homossexualidade primeiro como pecado, depois como crime e, por último, como doença.

Apesar deste reconhecimento da homossexualidade como mais uma manifestação da diversidade sexual, as lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) ainda sofrem cotidianamente as consequências da homofobia, que pode ser definida como o medo, a aversão, ou o ódio irracional aos homossexuais: pessoas que têm atração afetiva e sexual para pessoas do mesmo sexo.

A homofobia se manifesta de diversas maneiras, e em sua forma mais grave resulta em ações de violência verbal e física, podendo levar até o assassinato de LGBT. Nestes casos, a fobia, essa sim, é uma doença, que pode até ser involuntária e impossível de controlar, em reação à atração, consciente ou inconsciente, por uma pessoa do mesmo sexo. Ao matar a pessoa LGBT,  a pessoa que tem essa fobia procura “matar” a sua própria homossexualidade.  A homofobia também é responsável pelo preconceito e pela discriminação contra pessoas LGBT, por exemplo no local de trabalho, na escola, na igreja, na rua, no posto de saúde e na falta de políticas públicas afirmativas que contemplem LGBT. Infelizmente, também, os valores homofóbicos presentes em nossa cultura podem resultar em um fenômeno chamado homofobia internalizada, através da qual as próprias pessoas LGBT podem não gostar de si pelo fato de serem homossexuais, devido a toda a carga negativa que aprenderam e assimilaram a respeito.

Segundo ainda a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais homofóbico do mundo, seguido pelo México e em terceiro lugar os Estados Unidos.

fonte: Cena G

Beijo gay de 'Clandestinos' vai ao ar nesta quinta

Primeiro beijo gay da Globo está programado para ir ao ar nesta quinta-feira. Será?

Fábio EnriquezO tal beijo gay pode ser, finalmente, assistido na Globo. Não é na novela das 8 (ainda), mas na série Clandestinos. O capítulo com o tal beijo gay foi gravado e vai ao ar nesta quinta-feira, 9, se a Globo não vetar como o fez na novela América.

A cena mostrará Hugo (Hugo Leão), em seu teste e Fábio (Fábio Enriquez), vai dar o beijo nele durante a cena. O diretor da atração, João Falcão, que o beijo levantará dúvidas sobre o que aconteceu com os dois rapazes, amigos de infância, durante a adolescência.

Será que a Globo vai liberar?

fonte: MixBrasil

Estados Unidos: Adolescentes gays são menos violentos que héteros, revela pesquisa

Uma pesquisa da Universidade de Yale com 15 mil jovens revelou que o fato de ser gay aumenta em 50% as chances de uma pessoa ser parada pela polícia, apesar de que a mesma pesquisa indique que jovens gays são menos propensos acometer violência ou delitos.

Os homossexuais assumidos também foram 40% mais punidos por autoridades escolares. A postura seria fazer questão de penalizar gays por um ato que seria relevado se o aluno fosse hétero. No caso das lésbicas, elas são 100% mais revistas por policiais e têm um risco maior de serem presas do que as mulheres que gostam apenas de homens.

fonte: Cena G

São Paulo: Mapa da homofobia aponta que maior parte dos agressores conhece vítimas

Dados foram compilados com base em denúncias recebidas em SP. Em 16% dos casos agressores são familiares; em 38% vizinhos ou conhecidos.

Um serviço de denúncias ajudou a Prefeitura de São Paulo a traçar um mapa das agressões provocadas pela homofobia na capital paulista. Entre os principais dados apurados, está a proximidade entre agressores e vítimas: em 54% dos casos os autores das agressões conhecem os alvos. Em 16% dos casos são da própria família, e em 38% são conhecidos, colegas de trabalho ou vizinhos.

Ao todo, 50% das agressões físicas registradas aconteceram no centro expandido, que inclui a Avenida Paulista. A maioria das agressões é contra homens homossexuais de 25 a 39 anos de idade. Depois, 19% na região Leste; 16% na região Sul; 9% na Zona Norte; e 6% na Oeste.

“A gente achava que essa violência acontecia de forma esporádica e não tão escancarada dessa forma, que tivesse vínculo da vítima com o agressor, que dá uma certeza da impunidade dessa agressão. Recebemos denúncias com frequência, são pessoas que saem com o intuito de atacar”, afirma Franco Reinaudo, representante da Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual de São Paulo.

Nas últimas semanas, dois ataques foram registrados na Avenida Paulista. O gráfico Geilson Félix de Lima sabe que caminha num espaço embaçado e perigoso. Um ano atrás foi agredido quando saía de uma balada gay com amigos. “Bateram nas costas, empurraram, jogaram contra a parede, falaram que gay tinha que apanhar, que gay não tinha que ter liberdade, não tinha de ter direito nenhum, que era um absurdo, que o mundo era deles”, relatou ele.

fonte: G1

TSE decide por recontagem que tira vaga de Jean Wyllys na Câmara

PT do B terá mais uma vaga, e PSOL ficará sem um representante. Ex-BBB Jean Wyllys perde vaga na Câmara; cabe recurso à decisão.

Jean WyllysO ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Marco Aurélio Mello determinou nesta terça-feira (7) que o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) refaça o cálculo dos votos dos deputados federais da bancada do PT do B do estado. Cabe recurso à decisão.

O motivo da recontagem se deve ao fato de o partido não ter alcançado o quociente eleitoral, calculado em 173,8 mil votos (número mínimo de votos que o partido precisa para eleger um deputado no estado) depois que 18 candidatos da legenda tiveram os registros indeferidos e, portanto, os votos recebidos por eles foram considerados nulos.

O ministro Marco Aurélio, porém, decidiu que os votos dos candidatos barrados deveriam ser contados para o partido. Com isso, o PT do B recuperou os votos que haviam sido considerados nulos, fazendo com que o candidato Cristiano José Rodrigues de Souza passasse à condição de eleito, com 29.176 votos válidos.

A mudança no quociente eleitoral provocou alteração na bancada de outro partido. No PSOL, o ex-BBB Jean Wyllys, que havia sido considerado eleito, deve ficar de fora da Câmara dos Deputados.

O G1 tentou contato com o presidente do PT do B no Rio de Janeiro, Vinicius Cordeiro, mas ele não atendeu às ligações.

A reportagem não localizou o ex-BBB Jean Wyllys. Mas por volta das 22h, Jean Wyllys disse em seu perfil no Twitter que "há manobras políticas em curso, mas isso não quer dizer que elas alcançarão seu objetivo". Falou ainda: "há gente na política que quer me ver pelas costas e que quer mandato para uso próprio, mas isso não quer dizer que serão vitoriosas". E completou declarando ainda que "factóide e sensacionalismo de partido e portal não são fatos" e que "a representação será garantida".

fonte: G1

São Paulo: Divulgado retrato de suspeito de agredir gays na Av. Paulista

suspeito av paulistaA Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo divulgou nesta terça-feira o retrato falado de um suspeito de agredir dois homossexuais na madrugada de sábado na avenida Paulista. As vítimas foram ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), mas não conseguiram identificar o suspeito através do banco de imagens da polícia.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os jovens agredidos, um estudante e um operador de telemarketing que estavam de mãos dadas, ambos 28 anos, disseram que apanharam por serem homossexuais. O caso foi encaminhado para o 5° DP (Aclimação).

No dia 14 de novembro, outros três homens foram agredidos por cinco pessoas, e um chegou a ficar desacordado. Uma das vítimas, um estudante de 23 anos, disse que os agressores usaram duas lâmpadas fluorescentes para os ataques. As outras vítimas, um estudante e um fotógrafo, estavam juntos em um ponto de táxi e foram os primeiros atacados a chutes e socos na cabeça.

Dos cinco suspeitos, quatro são menores de idade. Todos vão permanecer internados provisoriamente na Fundação Casa (ex-Febem), segundo decisão da Vara da Infância e Juventude desta segunda-feira. O grupo ainda aguarda uma decisão definitiva do juiz. A Polícia Civil já pediu à Justiça a prisão preventiva do suspeito maior de idade, mas ele continua em liberdade.

Segundo o delegado assistente do 5° DP, Renato Felisoni, os dois ataques "não estão relacionados". Embora, para ele, o motivo para ambos foi homofóbico.

fonte: Terra

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