sábado, 5 de junho de 2010

Mercado de luxo GLS já tem cartão de crédito e imóvel exclusivo

Empresas se rendem ao poder aquisitivo dos gays, que têm renda 30% superior a dos héteros

"Ainda bem que acordaram para a gente", diz Beatriz Valvede (dir.) ao lado da companheira com quem é casada há dois anos; lazer inclui viagens frequentes

O alto poder aquisitivo do consumidor gay tem estimulado diversas empresas a aproveitar a realização da Parada Gay neste domingo (6), em São Paulo, para lançar produtos voltados a um mercado cada vez mais lucrativo.

Somente no ano passado, o pink money (dinheiro rosa, expressão usada para diferenciar os lucros do mercado gay) consumiu R$ 100 bilhões em turismo no mundo, segundo dados da IGLTA (associação internacional de turismo de gays e lésbicas, na sigla em inglês).

Com uma renda 30% maior que a dos casais heterossexuais, os gays são alvo de produtos exclusivos, que hoje vão de pacotes turísticos, como os cruzeiros GLS, a lançamentos imobiliários em redutos gays, como a rua Frei Caneca, na Consolação (zona central da capital).

Neste ano, uma das novidades é o cartão de crédito “Arco Íris Card”, da empresa JJCL Brasil Cartões, que promete servir como agregador de ofertas e serviços voltados ao público, segundo Carlos Rito, um dos sócios do projeto.

- Queremos chegar à marca de 120 mil cartões em quatro anos, com a utilização de parte da receita em estudos e serviços para a comunidade. Vamos ter programas de milhagem, título de capitalização exclusivos para os gays também.

A empresa afirma que estuda operar com as duas principais bandeiras do mercado, Visa e Mastercard, e que dois bancos estão interessados no produto. Para Almir Nascimento, presidente da ABRAT GLS (Associação para Gays, Lésbicas e Simpatizantes), o movimento das empresas ainda é tímido, na comparação com os Estados Unidos.

- Temos exemplos de empresas brasileiras que lá fora fazem anúncios específicos ao público gay e aqui se recusam. A diversidade é uma tendência mundial do mercado e quem aproveita desse segmento se dá bem. Infelizmente vemos isso acontecer somente na época da parada, mas nosso objetivo é que os eventos ocorram durante todo ano.

Qualidade de vida
Para a turismóloga Beatriz Valverde, gay, casada há dois anos e meio, a “descoberta” do público GLS vem em boa hora, já que ela e a companheira sempre buscaram uma qualidade de vida melhor.

- Jantamos fora três vezes por semana, sempre viajamos e gastamos mais no lazer, justamente por não termos filhos. Fazemos questão de apreciar um bom vinho,uma cerveja importada e sempre fazemos jantares em casa. O preconceito hoje é algo do passado

No próximo mês, a ABRAT e a Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) irão criar começar a coletar informações para um estudo que irá detalhar o perfil do turista brasileiro gay e também o estrangeiro que vem ao país. Como ainda não existe nenhuma pesquisa quantitativa desse mercado no Brasil, o objetivo da análise é impulsionar mais parcerias com a iniciativa privada, segundo Almir.

- Queremos que o turista que vem em São Paulo para a Parada venha o ano inteiro. Todo mundo ganha com isso: a cidade, a economia e os gays, que terão serviços cada vez mais voltados a eles.

Pela primeira vez, o censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) irá incluir os gays e lésbicas no levantamento. O estudo é um pedido antigo de associações gays, que reivindicavam a inclusão das perguntas sobre a opção cônjuge/companheiro do mesmo sexo na pesquisa. O levantamento, no entanto, será feito somente em municípios com população inferior a 170 mil habitantes.

fonte: R7

Gays lançam ofensiva contra Marina Silva e tentam politizar Parada Gay em ano eleitoral

Senadora se disse contra a união estável e ganhou a antipatia de entidades

A pré-candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, ganhou a antipatia de de entidades que representam a comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) quando, na última terça-feira (1º), disse ser contra a união estável entre pessoas do mesmo sexo. O presidente da ABGLT (Associação Brasileira LGBT) disse que a posição da senadora foi uma “decepção” para as pessoas que lutam pela causa gay.

- A declaração não pegou bem na comunidade e posso falar por todas as organizações. Infelizmente ela não merece o voto de nem uma pessoa, familiar ou amigo LGBT. Isso é triste porque o Partido Verde sempre nos apoiou.

As declarações de Marina coincidem com a Parada Gay, que acontece neste domingo em São Paulo. O evento vai aproveitar o ano eleitoral para tentar politizar a luta do grupo e escolheu o tema “Vote contra a Homofobia, Defenda a Cidadania”. Os outros dois presidenciáveis José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), ao contrário da adversária, já se mostraram simpáticos à união estável.

Para o historiador e fundador do Grupo Gay da Bahia, Luiz Mott, as declarações colocam Marina Silva na “contramão da História”.

- Muitos países do mundo moderno aprovaram a união entre pessoas do mesmo sexo [...] Portugal acaba de aprovar. Então, ela é uma candidata que está na contramão da história.

Em texto divulgado em seu blog, Marina explicou as declarações que, também segundo sua assessoria, geraram “confusão”. Ela esclareceu que é contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas que defende união civil de bens: “Entendo casamento como um sacramento”.

Como no Brasil o termo “casamento” remete ao matrimônio religioso, o movimento LGBT usa a expressão união estável, que se refere ao reconhecimento legal da união por parte do Estado, o que está previsto no Projeto de Lei 4.914.

A questão é delicada porque se trata de uma das principais bandeiras do movimento, ao lado da criminalização da homofobia e do registro de nome para travestis e transexuais. Reis disse que uma pauta de reivindicações da comunidade LGBT será entregue aos presidenciáveis.

Bandeiras homossexuais
Os líderes da luta LGBT concordam que o movimento conseguiu avanços significativos nos últimos anos, mas que ainda falta mais interesse político por parte da comunidade. Para Luiz Mott há certa alienação por parte da comunidade gay, o que diminui o número de políticos que defendam as bandeiras homossexuais.

- O Brasil tem maior parada gay do mundo, mas não conseguimos eleger candidatos que representem nosso movimento. Se 10 % da parada votasse em candidatos LGBT, conseguiríamos elegê-los. Falta consciência política.

A opinião é partilhada pela travesti Fernanda Benvenutty, que já foi candidata a vereadora pelo PT por duas vezes e este ano vai pleitear um cargo de deputada estadual pela Paraíba.

- Meus principais eleitores eram heterossexuais [...] Os homossexuais ainda não estão empenhados na discussão. Percebo que há certo desinteresse por política partidária, porque a gente consegue levar milhões para uma parada, mas não consegue eleger candidatos LGBT.

fonte: R7

Evento pré-Parada Gay reúne lésbicas e bissexuais em São Paulo

8ª Caminhada de Lésbicas e Bissexuais de São Paulo prepara a cidade para a Parada do Orgulho GLBT deste domingo Cerca de 2,5 mil pessoas, de acordo com dados da organizaçao do evento, participaram, neste sábado, da 8ª Caminhada de Lésbicas e Bissexuais de São Paulo, uma das iniciativas que fazem parte da Parada do Orgulho GLBT da capital paulista.

Com o tema "Ser lésbica é um direito! Autonomia e liberdade por um mundo de igualdade!", a caminhada foi organizada pela Liga brasileira das Lésbicas e contou com a presença de Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT).

A concentração foi às 12h na praça Oswaldo Cruz, onde ativistas sexuais de todo o País se reuniram em atos políticos que reinvidicavam, entre outros direitos, a reprodução assistida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para casais de lésbicas e o direito a adotar filhos.

"Reinvidicamos também melhor capacitação dos profissionais da saúde para que eles atendam as lésbicas sem discriminação e com mais respeito e preparo", afirmou Lurdinha Rodrigues, representante da Liga Brasileira de Lésbicas no Conselho Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde, e membro da comissão articuladora da caminhada.

Às 18h, o evento estava sendo encerrado no Boulevard 9 de julho, próximo ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, ao som de DJs.

fonte: Terra

São Paulo: Em protesto, trios da Parada Gay terão decoração em preto e branco

Manifestação é contra a homofobia; festa ocorre neste domingo em SP. Ao longo da Avenida Paulista, haverá reforço na segurança.

A Parada Gay em São Paulo vai ter uma novidade no domingo (6): os trios elétricos serão decorados em preto e branco em um protesto contra a homofobia. Neste sábado (5), a Avenida Paulista, que receberá um público estimado de três milhões de pessoas no dia seguinte, já respirava o clima da festa que celebra a diversidade.

No meio da tarde, a Paulista ficou mais colorida. O encontro foi uma espécie de aquecimento para a Parada Gay. Era a 8ª Caminhada de Lésbicas e Bissexuais, que mostrou que há sim espaço para todo mundo.

Para controlar tanta gente na Parada Gay de domingo, 1,3 mil policiais militares vão fazer a segurança. “É fundamental que as pessoas colaborem com a segurança não trazendo objetos de valor, grandes quantias de dinheiro, joias celulares. É bom que não tragam”, disse o coronel da PM Renato Cerqueira Campos. A recomendação é para que as crianças também sejam identificadas para que não se percam.

Em pontos estratégicos, tendas terão policiais bilingues, guardas metropolitanos e especialistas para atendimento médico. Ao longo do percurso, 900 banheiros quimícos serão instalados. A Parada Gay começa ao meio-dia e vai até 19h30.

Por causa das interdições, a CET recomenda que as pessoas deixem o carro em casa e utilizem o transporte público, de preferência, o Metrô. Na Paulista, as estações Brigadeiro, Trianon-Masp e Consolação vão funcionar em esquema especial.

fonte: G1

Site cristão diz que Ellen DeGeneres atrapalha programa por ser gay

Ellen Degeneres é homossexual assumida O site cristão Christian Newswire, publicou uma matéria dizendo que a apresentadora Ellen DeGeneres prejudicou a audiência do programa American Idol por ser homossexual. Segundo eles, Ellen promove um estilo de vida "promíscuo", portanto, inadequado para a família americana.

Gary McCullough, diretor do site, avaliou a nova temporada negativamente, afirmando que a TV apóia, de forma errada, os homossexuais.

"As conseqüências dessa escolha (de contratar uma apresentadora homossexual) afetaram diretamente a publicidade e a audiência. Pais que costumavam assistir ao programa com seus filhos decidiram que ele não valia a pena", dispara.

Ellen DeGeneres e a Fox não se manifestaram a respeito da crítica. Nos Estados Unidos, organizações LGBT preparam ações para que o site da Christian Newswire saía do ar por promover a homofobia.

fonte: Terra

Governo Federal deve conceder pensão a gays

O governo deve reconhecer a união estável homoafetiva para pagamento de benefícios previdenciários, como a pensão por morte. Um parecer emitido nesta semana pela Advocacia Geral da União (AGU) afirma que o reconhecimento desses direitos está de acordo com a Constituição Federal, que garante a dignidade da pessoa humana, a privacidade e a intimidade e proíbe qualquer forma de discriminação.

A expectativa é que o Ministério da Previdência acolha esse parecer. Se isso realmente ocorrer, os homossexuais poderão ir diretamente aos postos da Previdência Social para requisitar os benefícios, sem a necessidade de ingressar com ações judiciais.

fonte: Estadão

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