Eduardo Azeredo afirma que militar disse ser impossível garantir que Alexandre, o Grande, ou Júlio Cesar eram gays
A novela da polêmica indicação do general de Exército Raymundo Nonato de Cerqueira Filho, para uma vaga de ministro do Superior Tribunal Militar (STM), continua no Senado. Ontem ele se negou a atender ao pedido do senador Eduardo Suplicy (PT-DF) para divulgar o teor da carta enviada ao relator do processo, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), para negar que tenha dado declarações homofóbicas durante a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Depois da polêmica provocada pela declaração de que há incompatibilidade entre homossexuais assumidos e a atividade militar, na carta não divulgada por Azeredo, ele ataca a imprensa e diz que não se pode afirmar que Alexandre o Grande, o mais célebre conquistador do mundo antigo, e o imperador romano Júlio Cesar, eram gays.
Na tarde de quarta-feira, Azeredo leu para os jornalistas apenas alguns trechos da carta de quatro páginas enviada pelo general Cerqueira, se comprometendo a nunca contrariar a Constituição em seus julgamentos, nem perseguir militares por se declararem homossexuais.
Azeredo ontem continuou se negando a divulgar a parte que o general atacava a imprensa.
— Ele achou melhor não divulgar para evitar mais problemas na votação da indicação do general no plenário — disse o senador Romeu Tuma (PTB-SP).
fonte: O Globo
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