Ontem estrou a nova novela das nove, da Rede Globo. Quem assistiu?
Não é exatamente o elenco (ótimo) ou o trabalho dos atores a intenção dessa postagem. Se bem que, por falar em interpretação, o que foi que Susana Vieira tomou (ou deixou de tomar) antes de gravar as cenas exibidas ontem? Travada é pouco, parecia iniciante. Mas, se servir de consolo, todo começo de novela é assim, alguns atores exageram, outros minimizam as interpretações até pegarem no tranco dos personagens.
Show quem deu foi o megavilão Félix, interpretado por Mateus Solano -- ou vive-versa. Ao contrário de Susana, o ator parece ter incorporado o personagem logo na estreia. Aliás, só deu ele e seu alter-ego no primeiro capítulo. Sinal claro de que virá chumbo grosso. Segundo especulações de vários sites e blogs, Félix guarda um segredo relacionado a sua sexualidade que será logo revelado ao público.
Na gíria gay, a expressão 'bicha má' é utilizada para caracterizar o sujeito que perde o amigo, mas nunca a piada. No caso do vilão Félix, ela é literal e mais que apropriada. Quem o viu ontem pôde notar algumas pérolas como, por exemplo, chamar a sobrinha recém-nascida de 'ratinha' -- antes de dar um perdido no bebê e jogá-lo na lata de lixo.
O alter-ego de Félix é o filho atencioso e irmão dedicado, carinhoso. O ego atesta o monstro, um gay enrustido -- talvez com homofobia internalizada -- que verdadeiramente deseja a morte do pai (Antônio Fagundes) e da irmã adotada (Paolla Oliveira), e até mexe os pauzinhos para isso acontecer.
Enquanto o público se dividir entre entusiastas e renegadores do antagonista, o autor (Walcyr Carrasco) poderá nos brindar com as ideias, expressões e jargões que provavelmente serão marcas registradas de Félix. A dicotomia do personagem certamente divertirá. É o contra-ponto necessário a qualquer teledramaturgia.
fonte: Identidade G
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