Um grupo de pouco mais de dez ativistas foi nesta sexta-feira às ruas de Moscou em defesa dos direitos homossexuais na Rússia, numa manifestação pequena, mas simbólica. Depois de anos de tentativas frustradas, o protesto foi o primeiro sem a intervenção da polícia da capital russa, o que foi atribuído à recente demissão do prefeito Yuri Luzhkov.
- Assim que Luzhkov saiu, a política mudou. Tenho certeza de que o novo prefeito finalmente permitirá que façamos a parada - disse o ativista Nikolai Alexeyev, bastante influente na Rússia, a jornalistas.
Luzhkov foi demitido na terça-feira após 18 anos no cargo pelo presidente Dmitri Medvedev. Seu sucessor ainda não foi nomeado pelo Kremlin. O agora ex-prefeito sempre mandou reprimir as manifestações de homossexuais, chegando a chamá-las de "santânicas".
Durante o protesto, cerca de dez jovens encapuzados, apontados pelos ativistas como neonazistas, usaram pistolas de água contra os militantes. Dois dos agressores foram presos.
A homossexualidade deixou de ser crime na Rússia em 1993, mas continua praticamente clandestina em Moscou. As paradas gays enfrentam hostilidades de grupos de ultradireita e da Igreja Ortodoxa.
fonte: O Globo
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