O ativista gay Nikolai Alexeyev afirmou que a Parada de Moscou acontecerá neste sábado, 29 de maio, mesmo diante da proibição das autoridades e das ameaças de forte repressão policial, como a registrada na manifestação do ano passado.
“Nenhuma decisão ilegal das autoridades ou o tribunal vai nos impedir de realizar o nosso evento”, disse Alexeyevna última quinta-feira, 27 de maio, referindo-se a decisão de um tribunal de Moscou no início da semana que confirmou a proibição da parada.
Este é o quinto ano consecutivo que as autoridades, lideradas pelo prefeito da cidade Yuri Luzhkov, proíbem a manifestação. Luzhkov, que descreve a parada como um “ato satânico”, já declarou que se os ativistas LGBT da capital russa saírem às ruas novamente, ele não hesitará em recorrer mais uma vez à força para acabar com o evento. No ano passado, 80 pessoas foram presas durante a tentativa de realizar o ato.
Embaixadores europeus: “hipocrisia”
Nikolai Alexeyev também acusa os embaixadores europeus em Moscou de "hipocrisia”, por tentarem contornar a proibição da prefeitura com um convite para os manifestantes realizarem o evento no território de uma das embaixadas. O convite foi recusado.
“Em cinco anos nós estamos indo às ruas não para fazer oposição política, não estamos nas ruas para nos manifestar contra o governo e tomar o poder. Nós apenas queremos expressar os nossos direitos individuais, os nossos direitos civis”, salientou o líder gay russo.
O ativista britânico Peter Tatchell, que pediu ao presidente russo Dmitry Medvedev e ao primeiro-ministro Vladimir Putin que interviessem e suspendessem a proibição, também confirmou presença na parada deste sábado, afirmando que irá “lutar até a vitória”. Em 2007, ele foi vítima de espancamento durante a repressão ao protesto em Moscou, episódio que lhe rendeu um “legado para o olho e para o cérebro”, como afirma.
fonte: G Online
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