Indicado a tribunal militar disse que tropa não obedece militar homossexual. Declaração em audiência do Senado gerou manifestações de entidades.
O presidente do Clube Militar, general da reserva Gilberto Figueiredo, manifestou nesta quinta-feira (4) apoio à declaração do general Raymundo Nonato de Cerqueira Filho, indicado para ministro do Superior Tribunal Militar.
Na quarta (3), Cerqueira Filho disse que os soldados não obedecem a comandantes homossexuais.
"Concordo com o general Cerqueira. Como opção pessoal, particular, ninguém tem nada a ver com isso. Mas no desempenho das atividades, não entendo como seria possível [um militar assumir a homossexualidade]. (...) Há homossexuais nas Forças Armadas, isso não é de hoje. Como opção particular, quando sai do quartel, com discrição, pode exercer a opção que bem entender. Mas que isso não fique explícito", afirmou ao G1 o general Figueiredo, presidente do Clube Militar, cujos integrantes são, na maioria, oficiais da reserva.
Segundo ele, o desempenho das atividades por um militar homossexual é "difícil de ser respeitado". "Entre nós (militares) ainda é tema de chacota [a homossexualidade], de piada, de brincadeira. Uma pessoa que se sujeita a essa resistência toda fica difícil de ser respeitada, de ser entendida."
O general Figueiredo, na reserva há sete anos, disse que conheceu diversos casos de militares homossexuais quando estava em atividade e afirmou que alguns militares chegaram a ser afastados porque assediaram sexualmente outros oficiais.
"Talvez os casos passados de assédio que aconteceram, marcaram essa resistência do militar em admitir esses casos. Tem que ser discutido sim, tem que ter um estudo sério. Mas a minha opinião é que no dia de hoje, dentro do contexto cultural das Forças Armadas, isso não dá certo. (...) Esse tema é meio tabu, mas é praticamente consensual dentro das Forças Armadas essa posição [de que a homossexualidade não seja aceita]."
fonte: G1
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