Depois de fala considerada homofóbica em rádio do interior paulista, vereador tem mandato cassação
“O cara que fala que tem depressão e tem tudo na vida, isso é coisa de viado”, esta é a declaração que o vereador Rodivaldo Rípoli (PP-SP), do município de Avaré, interior de São Paulo, fez no início de 2013 na rádio da região. O resultado foi a cassação do mandato de vereador de Rípoli na última semana. “O vereador foi convocado antes mesmo de a casa entrar em recesso, entretanto, ele não apareceu, tampouco nenhum dos advogados que o representava. Ele sumiu, tentamos de várias maneiras falar com ele. Foi até publicada no Diário Oficial a convocação dele para a audiência”, explica a presidente da Câmara dos vereadores de Avaré, Bruna Silvestre (PSB-SP).
Em entrevista à TV Tem, Rípoli disse que não foi convocado. Entretanto, a advogada de defesa convocada pela OAB para defender o vereador, Vera Cristina Fernandes, disse em conversa ao Mix que “ele foi convocado até pelo Diário Oficial, na verdade ele atravessou todo o processo. Agora resta ele recorrer. Ele já veio conversar comigo para saber se continuo no caso, mas ainda não decidimos nada. O Rípoli tem muitos advogados e todos foram convocados. Como ninguém apareceu, fui chamada pela AOB”.
De acordo com Vera, “com certeza ele vai recorrer e existem brechas para ele conseguir o cargo de volta. Mas pelo o que analisei, como técnica de defesa do vereador, eu acredito que esta situação é muito mais uma questão política do que de fato relacionada à declaração infeliz do vereador na rádio”. Rípoli foi condenado depois de fazer parte da presidência da CPI do Carvalho, em que o prefeito da cidade, (nome dele), é investigado por usar a máquina pública e funcionários para colocar carvalho em sua fazenda"
Em conversa ao Mix, o vereador Denilson Zirol (PSC-SP), que votou a favor da cassação de Rípoli, diz que “não é luta política. O processo foi dado pelo teor homofóbico contido nas palavras que o vereador Rípoli pronunciou na Rádio para cerca de 200 mil pessoas da região. A questão da CPI do Carvalho acontece há anos, o erro é que o prefeito não tinha pessoas capacitadas em informar que não é correto o tipo de prática”.
O suplente do vereador Rípoli, Marcelo Mariano de Almeida (PP-SP), já está no cargo de vereador. Como informado pela advogada Vera, cabe a Rípoli recorrer da decisão.
fonte: MixBrasil
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