Festa no domingo (9) foi marcada também por música e animação. 7ª edição do evento fez parte da Semana de Combate à Homofobia.
"Mato 50 leões por dia por causa do preconceito é uma luta diária". Um pouco afastado da multidão colorida, que dançava e cantava animada, o professor Mário Grego parece ser um representante daqueles que batalham no dia a dia pela igualdade de tratamento e pela Justiça. "Está escrito na constituição que somos iguais, mas eu não sou tratado como igual", declara.
Ele e o marido, Gledson Perrone, técnico de enfermagem, se declaram o primeiro casal a se casar no Estado de São Paulo. "Aconteceu de sermos os primeiros, casamos em agosto de 2012", declara. Segundo Mário, o casal está junto há 10 anos e desde 2010 vive em união estável. "O casamento foi uma conquista nossa e uma conquista coletiva, do Movimento LGBT", diz.
O casal veio da capital para prestigiar a Parada Gay em Itaquaquecetuba (SP). O evento foi realizado na tarde deste domingo (9) e, segundo a Secretaria de Cultura, reuniu cerca de 3,5 mil pessoas só na concentração. Segundo o secretário de Cultura Marcus Vinicius de Menezes Lima, Itaquaquecetuba é a única a realizar a Parada Gay no Alto Tietê."É importante respeitar a diversidade. Temos que atender e tratar o público LGBT como tratamos qualquer outro", argumenta. De acordo com o secretário, a expectativa é que 7 mil pessoas compareçam até o final do evento.
Ao som de músicas eletrônicas, o funk "Show das Poderosas" e "I Will Survive", o público saiu da concentração por volta das 15h30 e caminhou pelas ruas da cidade em direção à Praça Padre João Álvares. Atrás do Trio Elétrico que agitava a multidão, uma bandeira gigante com as cores do movimento chamava atenção por onde passava e tremulava de acordo com o gosto dos participantes que faziam questão de brincar com o tecido.
Na Praça Padre João Alvares, no centro de Itaquaquecetuba, um palco esperava os participantes que seguiram o trio elétrico. A festa tem programação extensa até o final da noite, e deve ser encerrada com o show de Léo Aquila.
De acordo com o coordenador geral do fórum LGBT no Alto Tietê, Ghe Santos, este tipo de evento é essencial para dar visibilidade à luta contra o preconceito. "Não adianta a cidade lidar com estas questões só politicamente", argumenta. "Nós temos que ir para as ruas. Eventos como este são essenciais para mostrar para a sociedade civil a nossa causa". Segundo ele, este é o sétimo ano da Parada Gay na cidade.
O copeiro Lucas Lopes Ferreira comparece todos os anos ao evento e desta vez não foi diferente. "É o quarto ano que compareço", explica. "A parada é um grito de cidadania. Lutamos pela independência e lutamos por nós mesmos", destaca. Já para o professor Mário Grego, apesar dos avanços que aconteceram na luta pela igualdade e contra o preconceito, o caminho ainda é muito longo. "A briga é gigante", lamenta.
fonte: G1
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