Perfilados no auditório Adauto Belarmino, no 7º andar do Edifício Central do Brasil, dezenas de oficiais da PM e delegados da Polícia Civil acompanharam na terça-feira a execução do Hino Nacional pela travesti Jane Di Castro. Era o início da segunda edição da “Jornada Formativa de Segurança Pública e Cidadania LGBT”, que vai qualificar seis mil policiais civis e militares a lidarem com a diversidade e os direitos de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais.
Uma série de 40 encontros
O projeto pioneiro já capacitou cinco mil agentes, que atuam em delegacias e batalhões da capital, e foi premiado pela União Europeia com a certificação de boas práticas de políticas públicas LGBT. Nesta nova edição, mais seis mil PMs e inspetores da Polícia Civil que trabalham em unidades fora da capital serão treinados.
Durante 18 meses, os agentes participarão de 40 encontros regionais com especialistas formados pelo Programa Estadual Rio Sem Homofobia. Um dos idealizadores da jornada, Cláudio Nascimento afirmou que este é o maior programa de capacitação de policiais sobre homofobia e cidadania LGBT adotado no país.
Cláudio Nascimento, superintendente de direitos individuais, coletivos e difusos da Secretaria estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, anunciou que, até o fim do ano, o estado vai dobrar o número de centros de Cidadania LGBT, com a instalação de quatro novas unidades: duas nos municípios de Queimados e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e uma em Macaé, no Norte-Fluminense. A quarta unidade ainda não tem local definido.
De acordo com o secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Zaqueu Teixeira, a escolha das cidades que receberão os novos centros teve como critério a quantidade de casos de violência praticados contra gays, lésbicas e travestis. Ex-chefe de Polícia Civil, Teixeira diz empregar os registros de crimes de homofobia para nortear a implantação dos centros de cidadania.
fonte: O Globo
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