Com medo, docente de 30 anos preferiu não registrar boletim de ocorrência. Assessoria para Diversidade Sexual recebe até 10 denúncias a cada mês.
Um professor de 30 anos foi agredido quando beijava seu namorado durante a sétima edição da Parada do Orgulho LGBT, tradicionalmente conhecida como Parada Gay, realizada no domingo (18), em Araraquara (SP). Segundo o assessor de políticas públicas para a diversidade sexual Paulo Tetti, o homossexual teria apanhado de duas pessoas não identificadas.
“Ele disse que beijava o namorado, quando os dois homens deram chutes e socos no estômago dele”, contou Tetti. Testemunhas tentaram alcançá-los, mas os dois homens fugiram.
O professor ficou com ferimentos na barriga, mas se recusou a ser encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Via Expressa, próximo ao local de concentração do evento, na Praça Scalamandré Sobrinho.
A Assessoria de Políticas Públicas para a Diversidade Sexual recomendou que o professor procurasse uma delegacia para registrar o caso de agressão, mas ele preferiu não abrir um boletim de ocorrência por medo que a família tomasse conhecimento de sua orientação sexual.
Denúncias
Em Araraquara, a assessoria foi criada em março, para acompanhar casos de homofobia. Segundo Paulo Tetti, o órgão recebe entre oito e dez denúncias por mês.
O disque-denúncia da assessoria recebeu cerca de 70 ligações até o mês de novembro. “Até agora seis casos foram notificados e um agressor foi preso por quase levar à morte um casal de lésbicas”, afirmou Tetti.
As denúncias podem ser feitas em Araraquara pelo telefone (16) 9751-3567. As ligações são sigilosas.
Fora homofobia
Com o tema "Viva cidadania e fora a homofobia", a Parada atraiu cerca de três mil pessoas, segundo a organização. O evento teve início às 14h, em frente ao Teatro Municipal, na Fonte Luminosa.
A abertura oficial da Parada ocorreu por volta das 16h, com caminhada pela Avenida Bento de Abreu até a Arena da Fonte, na Praça Scalamandré Sobrinho.
fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário