Rayssa, 31 anos, está internada na Santa Casa de Campo Grande desde o último dia 10, com afundamento de crânio e outras marcas de agressão. Ela foi vítima de um ataque na região da Avenida Costa e Silva, nas proximidades de um supermercado atacadista da Capital sem motivo aparente. Segundo ela, o espancamento foi um ato de homofobia.
A travesti, que prefere ser chamada de Rayssa, conta que no dia 10 de junho, diferente de seu hábito, resolveu ingerir bebida alcoólica com amigas no período da tarde. Quando resolveu ir embora, sentiu-se tonta e, antes de voltar para a república onde mora, decidiu andar um pouco a pé para ver se passava o efeito de tontura que sentia.Rayssa conta que ao passar na lateral de um grande muro de uma borracharia foi atacada com uma pancada forte na cabeça, que provocou seu desmaio.
A travesti não sabe dizer ao certo quanto tempo permaneceu desacordada, mas acredita que aproximadamente 50 minutos até retornar sua consciência e ser socorrida por um casal que passava de carro e parou para ajudar.
Antes de ser levada para a Santa Casa, a travesti lembra que passou por uma unidade de saúde pública e depois transportada pelo Corpo de Bombeiros para onde permanece internada. Com afundamento de crânio, Rayssa teve que passar por um implante de placa de titânio e agora aguarda para fazer uma cirurgia reparadora no nariz, já que ficou com fratura exposta por conta da agressão sofrida. Nestes dias que já passou na Santa Casa Rayssa tem ocupado o tempo fazendo crochê, inclusive já conquistou clientes com seu trabalho. Vindo de uma cidade do interior do Estado, a travesti conta que está em Campo Grande há 15 anos e nunca tinha sofrido violência. “Agora tenho até medo de sair daqui e ter que enfrentar as ruas”, diz frisando que não faz programas sexuais. Ela trabalha na própria república de travestis, que fica na região onde fora atacada.
fonte: G.Online
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