O levantamento feito em dez estados mostra que quase 40% dos gays entrevistados se encaixam nas classes A e B. Segundo corretores, os homossexuais gastam 25% a mais na compra de imóveis.
A decisão de quinta-feira (5), do Supremo Tribunal Federal, de reconhecer legalmente a união de homossexuais significou a conquista de uma série de direitos para milhares de pessoas no Brasil. É uma parcela da população que empresas de vários setores têm visto com muita atenção como clientes consumidores.
Consumo sem culpa. “Eu gasto indo a bons restaurantes, indo muito a baladas. Também costumo gastar bastante com roupa”, contou o estudante Lucas Andreozi.
Bom para o mercado. Bancos e empresas de cartões de crédito perceberam que os homossexuais têm um enorme potencial de compra a ser explorado. Tanto que pesquisas são encomendadas para conhecer melhor os hábitos de consumo, investimentos e gastos desse público.
Dá para entender por quê. No mais recente levantamento em dez estados, quase 40% dos gays entrevistados se encaixavam nas classes A e B.
Cerca de 64% deles têm pelo menos um cartão de crédito. Oito em cada dez navegam e costumam comprar na internet. Os gays gastam 64% mais do que os héteros com produtos de beleza.
Nos gastos deste público estão também os livros e há algo muito significativo: segundo a pesquisa, 57% dos entrevistados disseram que compram regularmente vários tipos de publicações, em média oito por ano. O mercado, claro, está atento e reagindo a esse hábito.
Uma livraria na região da Avendia Paulista aumentou o acervo de livros voltados para os gays.
“Quando eles querem, eles compram independente do preço. Aí faz qualquer avaliação, divide, não tem problema, mas eles compram”, disse o gestor de acervo José Carlos Honório.
O mercado imobiliário também tenta construir uma ligação mais sólida com esse público. Segundo corretores, os homossexuais gastam 25% a mais na compra de imóveis. E as construtoras já preparam lançamentos especialmente para eles.
“É um público que tem termos e padrões de comparação muito diferentes. Tem que ter muita coisa a mais”, afirmou o consultor Fabiano Mariano.
fonte: Jornal Nacional (TV Globo)
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