quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Deputados federais atacam vídeo anti-homofobia

Parlamentar declara que tem "nojo" de material que será distribuído em escolas do país.

Ainda não finalizado pelo Ministério da Educação, um material didático sobre homofobia a ser distribuído em escolas de todo o país já está causando polêmica no Congresso Nacional.

Trata-se de um conjunto de vídeos que deverá ser levado a 6.000 escolas de ensino médio.

O material ainda está em fase de finalização e, antes de ser distribuído, será avaliado por especialistas chamados pelo MEC e por uma comissão da pasta.

A reportagem viu três dos cinco filmes -dois ainda não foram finalizados.

Um deles conta a história de uma aluna travesti que sofre preconceito e quer ser chamada por seu nome de mulher e poder usar o banheiro feminino.

Outro fala do relacionamento amoroso de duas meninas que sofrem preconceito no colégio -a história termina com um abraço e um pedido de namoro no pátio.

E outro fala do jovem Leonardo, que descobre no ambiente escolar que pode se apaixonar tanto por garotas como por rapazes.

Reações
A primeira reação à iniciativa ocorreu ainda no ano passado, após parte do material ser exibida, pela primeira vez, para uma comissão na Câmara.

Em discurso no plenário, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) disse que os vídeos davam "nojo".
"Esses gays e lésbicas querem que nós [heterossexuais], a maioria, entubemos como exemplo de comportamento a sua promiscuidade", afirmou.

A polêmica chegou à bancada religiosa.

O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse que pretende se reunir com parlamentares evangélicos para, só então, decidir o que fazer.

Ele ressalta que ainda não viu os vídeos, mas diz que, pelos dados de que dispõe, trata-se não de combate à homofobia, mas na verdade de um material que faz apologia à homossexualidade diante dos adolescentes.

Diante da polêmica, o MEC rebate essas acusações e afirma que a função da pasta é garantir o direito à educação de todas as crianças e adolescentes, independentemente da orientação sexual.

"A escola tem que ser um lugar de pertencimento", diz Rosilea Wille, coordenadora de Direitos Humanos da Secretaria de Alfabetização e Diversidade do ministério.

fonte: Folha.com

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