Vendedor de 28 anos contou como foi atacado neste sábado. Ele e amigo disseram ter sido agredidos porque são gays.
O vendedor de 28 anos que diz ter sido vítima de um novo episódio de agressão na Avenida Paulista, em São Paulo, disse que agora está com medo de andar pela via. Ele estava saindo de uma festa na madrugada de sábado (4) quando foi agredido por cinco jovens.
“Eu e o meu amigo saímos de uma balada, a gente estava lá na Paulista, ali próximo do Metrô Brigadeiro. Eu não tava muito bem, o meu amigo pegou, me deu a mão para me amparar. Nisso vinham cinco jovens e eles começaram a xingar a gente, dar chutes, murros, até a hora que eu caí no chão, fiquei desacordado”, contou o rapaz, que não quis se identificar.
O amigo conseguiu correr. O vendedor desmaiou e foi levado para um pronto-socorro. Ele diz ter certeza de que foi agredido por ser gay. “Está cheio de monstros por aí, pessoas que não toleram nada com ninguém, que são super preconceituosas. Agora eu estou com medo de andar na Paulista. Estou com medo mesmo, com muito medo”, afirmou.
O vendedor e o amigo ainda não prestaram depoimento à polícia pois foram levados ao hospital, e os agressores não foram identificados. Ele não teve sequelas físicas da agressão, mas ficou traumatizado. “Muito humilhado, eu estou abalado psicologicamente ainda. Chorei muito hoje ainda. É uma coisa que não sai da minha mente.”
Este é o segundo ataque que acontece bem próximo à Estação Brigadeiro do Metrô. Em 14 de novembro, um grupo de rapazes atacou três pedestres na Paulista. Quatro suspeitos, adolescentes, foram internados na Fundação Casa. Um rapaz de 19 anos, também suspeito de participar dos mesmo ataques, continua em liberdade.
As imagens da agressão foram registradas pelas câmeras de segurança. Uma das vítimas foi hospitalizada. Minutos mais tarde, 300 metros a frente, mais violência. Com as marcas, o estudante Luiz Alberto Betonio contou como foi atacado.
“Eu pensei mesmo que eu ia morrer naquela hora. Eles estavam me batendo com uma brutalidade e falando coisas que nem um psicopata fala, com tanta gana de bater em alguém que eu falei: ‘eu vou morrer aqui’”, disse ele.
Neste sábado, outra vítima reconheceu o maior de idade e um dos adolescentes como sendo seus agressores em outra ocasião.
fonte: G1
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