por Patrícia Kogut
Por sugestão do estilista Carlos Tufvesson fui conferir no YouTube o vídeo do “Programa do Ratinho” em que ele se referiu à Parada Gay que aconteceria em São Paulo dois dias depois. Por e-mail, o amigo-epistolar da coluna dizia que “como homossexual cidadão deste país me senti ofendido”.
Não é para menos. Ratinho começou berrando: “Vou falar para a viadada (sic)! Vamos parar de promiscuidade, nada de fazer cocô na Avenida Paulista, que é um marco de São Paulo. Vamos parar de fazer bagunça! Eu, se fosse prefeito, não deixava a Parada Gay ser lá! Por que o prefeito deixa? Porque tem medo da viadada”, concluiu. A sessão de descarrego ideológico continuou mais um pouco — e não merece uma linha adicional aqui — e se encerrou com a bandinha do programa tocando “Macho man”.
Não que Ratinho surpreenda. Ele entrevista criminosos como se fossem reis, expressa opiniões polêmicas (no mau sentido, porque ter opiniões polêmicas não é necessariamente demérito) e sua atração no SBT é um concentrado de baixo nível. Trata-se de um noticiário propositadamente voltado para o mau entendedor em que reportagens policiais e acontecimentos desimportantes se sucedem sempre explicadinhos e muito editorializados. A opinião do apresentador vem invariavelmente aos berros. Imagina-se que, se ele porventura ficasse afônico, sua bandinha se encarregaria de encher o palco — com todo o respeito com os músicos. É que o “Programa do Ratinho” precisa fazer barulho para manter acesa a agitação e não cair no vazio.
Tudo isso é ruim sempre. Mas o que houve neste dia não foi uma afronta para os homossexuais apenas. Foi uma agressão a qualquer cidadão de bem.
Assista ao vídeo:
fonte: PatriciaKogut.com
Ratinho está certo no que diz, apesar da grosseria dele, que se referiu aos gays ofensivamente: “gayzaiada, viadada”, não gosto desse tipo de estupidez que só este apresentador sabe fazer, sou hetero, mas não tenho preconceito contra os gays, só que não concordo com a homossexualidade, que é uma obsessão sexual baseada na espiritualidade(um espírito que reencarna num corpo do sexo oposto), além de tudo “aceitar” o homossexual virou uma coisa muito normal hoje em dia, o que tbm não concordo, porque sou a favor da pessoa se tratar espiritualmente, não falo em religião idiotizada, mas consciência psicológica e desobsessão sexual, pra mim, a homossexualidade parece ter só a ver com sexo e nada mais que seja útil ao espírito humano, é por isso que não concordo, fiz questão de explicar, pra não dizerem que sou preconceituoso, só não sou obrigado a aceitar tal opção sexual e tenho motivo de sobra pra explicar isso, como já disse acima.
ResponderExcluirA parada gay não traz nada de inovador mais, virou só bagunça, zona e putaria, as pessoas ficam se mostrando o tempo todo, não tem mais muito a ver com protesto ou reivindicação, tem gente mostrando a bunda, quase nu e até insinuando atos sexuais, só faltam “se pegar” no meio da rua, além de mijrem e cagarem a avenida toda, banalizam o sexo e acham que o mundo ficará melhor assim e ainda debocham dos heteros, os chamando de careta e sem graça, agora imagina se fosse ao contrário, eles iriam ficar todo estressadinho e cair na porrada, é assim que eles querem ser respeitados? para os gays serem respeitados eles tinham que acabar com a parada gay que é realizada desta forma, o gay que é consciente e inteligente sabe do que estou falando, gay não é nenhum coitadinho e tem pessoas de todos os tipos, gosto muito de alguns gays que conheço e sei que tem muita gente legal e consciente da sua posição sem precisar ficar se mostrando e dizendo pra todo mundo que é feliz por ser gay, o hetero precisa disso? Existe parada hetero? Os gays assumidos, obscenos e porcos da avenida paulista não estão muito longe dos preconceituosos, pra mim isso é uma “Paralhaçada Gay”, quem ficou com raiva do que Ratinho falou é porque deve apoiar o que aquela gente faz na parada sem necessidade, mas é claro que um gay não vai aceitar o que ele fala, ou o que eu falo, porque vão bater na mesma tecla de novo, que sou preconceituoso e isso.. e aquilo.. e blábláblá, deixo bem claro que não sou contra o gay mas contra o gay ou o hetero que é falastrão, palhaço, porco e depravado, para ser gay não precisa fazer isso, o orgulho gay é só ser gay, e acabou, ninguém nem precisa ficar sabendo, e pronto!! Já viram algum hetero sair na rua, se vestir de abre-alas e dizer pra todo mundo que tem orgulho de ser o que é?
Os gays burros sempre vão ficar na defensiva(sem trocadilhos), pelo amor de deus!!, as pessoas já entenderam a mensagem de vcs!! : “Eu tenho muito orgulho disso”, e mando um mensagem(conselho de hetero) pra vcs gays inteligentes: Se alguém te constranger porque é gay, é só falar ”com muito orgulho, tenho tanto orgulho disso que não preciso nem ir á parada gay” e se quiserem te bater na rua, chama a polícia, Pronto!
Concordo plenamente, com o Rodrigoav, logo discordo de uma coisa, acho que deveria sim ter mais paradas gays mais não ter pessoas de forma geral tanto hetero até transsexuais fazendo atividades como xixi ou coco em lugares públicos, até porque isso é feio, para todo cidadão, mais sim pegações, e coisas do tipo . @bianca13anos
ResponderExcluir"Já viram algum hetero sair na rua, se vestir de abre-alas e dizer pra todo mundo que tem orgulho de ser o que é?"
ResponderExcluirE você, Rodrigoav, já viu algum casal hetero ser insultado, hostilizado de alguma maneira apenas por estar passeando de mãos dadas ou por abraçar e beijar em local público? Acho que não. É muito mais bonitinho e aceitável casal hetero se atracando num shopping.
Talvez você e outros não saibam que a parada gay é um ato de protesto. É a busca pelos mesmos direitos que você, como heterossexual, tem. Afinal, os impostos pagos são os mesmos, o dinheiro utilizado no pagamento destes e no comércio também. Vestir-se de "abre-alas" ou não é apenas um detalhe, uma maneira de se expressar, de se fazer presente em um ato que visa o benefício de todos e não o privilégio de alguns.
Sim, sou contra a promiscuidade, a banalização do sexo, a má educação, a falta de bom senso. Contudo, o que não se deve jamais é associar atitudes de péssimo gosto à totalidade de um grupo, assim como fez o deprimente apresentador do SBT. A má educação está em todos os lugares. Se fosse para generalizar, o carnaval em Salvador deveria ser extinto, por exemplo, e no entanto não é e nem deve ser. O ser humano precisa saber o que é respeito.
Só bate no peito e diz ter orgulho aquele que é hostilizado. É muito fácil chamar de baderna uma manifestação que luta contra a homofobia e qualquer tipo de preconceito, quando se pertence a um grupo tido como "referência de bons costumes".
Continuo na torcida para que todos tenham o mesmo direito de ir e vir, o mesmo direito de passear livremente com aquele que se ama, o direito de poder ser respeitado em qualquer lugar.
Ah, quase ia esquecendo! Sou heterossexual, adoro meus amigos gays e tenho pavor e verdadeira ojeriza do maldito preconceito que infecta o ser humano que insiste em permanecer na escuridão da ignorância.