“Indivíduos desse tipo não conseguem respeito” disse o general
O general Raymundo Nonato de Cerqueira Filho chocou a comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) ao anunciar que as Forças Armadas não devem aceitar gays.
O militar foi indicado para o Superior Tribunal Militar (STM) e fez as declarações na Comissão de Constituição e Justiça do Senado que aprovou a sua nomeação para o cargo.
Cerqueira Filho se referiu aos gays como "indivíduos desse tipo" e justificou o fato dos homossexuais não darem certo nas Forças Armadas por eles, segundo o general, não conseguirem respeito.
"O indivíduo não consegue comandar. A tropa fatalmente não vai obedecer. Isso está provado. Não é que o indivíduo seja criminoso, e sim o tipo de atividade. Se ele é assim, talvez haja outro ramo de atividade que ele possa desempenhar" disse o general.
O militar disse ainda que os gays só ficam nas Forças Armadas se nunca revelarem sua orientação sexual. Com essa postura ele reforça a norma adotada nos Estados Unidos desde 1993 do "Don´t Ask, Don´t Tell" (Não pergunte, Não conte) que obriga homossexuais a não revelarem sua sexualidade, caso contrário são expulsos.
Com essa postura o general rema contra a maré, uma vez que o comando maior das Forças Armadas nos Estados Unidos já anunciou que vai acabar com a proibição de gays no serviço militar.
Para Cerqueira Filho ser gay assumido é não honrar a farda e não manter a dignidade. Ele admitiu que existem gays nas Forças Armadas, mas que não "não é compatível um indivíduo assim com o trabalho nas Forças Armadas."
O Superior Tribunal Militar, para o qual o general foi indicado, julga casos como o dos dois sargentos presos em 2008, depois de assumirem a homossexualidade em reportagem da revista "Época." Cerqueira Filho disse que apoia a prisão do casal de ex-sargentos Laci Araújo e Fernando de Figueiredo.
fonte: Toda Forma de Amor
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