Mesmo quem não assiste ao “Big Brother” já ouviu falar, pelo menos uma vez, em Angélica, Dicesar e Serginho. Anunciado com grande alarde antes de entrar na casa, o inédito trio de gays assumidos tem garantido mais olhares que os outros participantes, confirmando a máxima de Tessália de que esse “BBB” é dos gays. Além da curiosidade gerada nos espectadores, uma turma especial está acompanhando a sobrevivência deles no reality show: os coloridos famosos.
Cada passo dos confinados é assistido de perto por Bruno Chateaubriand. Ligado no pay per view sempre que pode, o repórter do “Programa Amaury Jr.”, da RedeTV!, está adorando a novidade:
— Acho muito bacana a maneira como eles estão se colocando e como os outros participantes estão lidando com eles. Transformar o que a gente vive em verdade é excelente para diminuir o preconceito.
O fato é que, cada um com seu jeitinho, tem conquistado o carinho do público e mostrado aos mais preconceituosos que são como os outros participantes. Até o lutador Dourado, o mais resistente, anda dando uma folga.
— O mais importante é a sociedade ver que, da mesma maneira que ninguém é igual a ninguém, não existe um gay, mas sim uma ampla variedade que chamamos diversidade — afirma o estilista Carlos Tufvesson.
E é justamente essa diferença que os espectadores do programa têm conferido. Serginho, segundo Bruno Chateaubriand, faz o estilo “rosa chiclete”, como o personagem Cássio, o homossexual da novela “Caras & bocas” que popularizou o bordão. Irreverente, o moço não tem vergonha nem de ficar nu na piscina.
— Serginho é um fortíssimo candidato. Passo mal com as tiradas dele — conta Chateaubriand, rindo ao lembrar da vez em que o Sr. Orgastic, como é conhecido na internet, tirou uma casquinha de Cadu, dormindo de conchinha com o fortão.
Já a transformista Rogéria está de olho em outro brother. Dos tempos em que foi maquiada por ele nos bastidores do SBT às apresentações conjuntas na noite de São Paulo, Rogéria guarda ótimas lembranças de Dicesar, para quem torce. Mas, para ir adiante no programa, nada de fazer a linha arrasa-quarteirão que a drag queen encarna como Dimmy Kier.
— Os gays vão se dar bem se fizerem a linha Rogéria, com simpatia e carisma. Bicha louca não pode — explica a transformista.
Sexualidade madura
Primeira lésbica assumida, Angélica começou quietinha, mas anda se soltando cada vez mais. E a naturalidade da mineira vem chamando a atenção de Bruno Chateaubriand:
— A Morango é a mais madura com sua sexualidade. Ela se coloca de forma autêntica e espontânea.
E bota espontaneidade nisso. Além de simular sexo oral em uma laranja, não faltaram selinhos nas mulheres da casa, especialmente em Cacau, principal alvo da jornalista. Mas Rogéria acha bom Morango não dar tantas asas aos seus desejos.
— Ela devia se mancar e não se declarar. Se a menina não deu bola é porque não está afim. Tem que saber diferenciar — opina a transformista, que completa: — Vai ser muito difícil para os coloridos superarem o Jean Willys.
Aliás, depois que o jornalista gay venceu a 5 edição do programa, não faltaram comentários de que escancarar a homossexualidade seria a melhor estratégia para chegar à final.
Com vantagem ou desvantagem, Ângela Rô Rô acha muito positiva a presença da homossexualidade na televisão:
— Qualquer coisa que seja melindrosa para a sociedade hipócrita vale a pena, pois liberta as pessoas de um preconceito barato.
fonte: Extra
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