Primeira leitura da proposta foi aprovada em janeiro por 390 votos a um. Quem infringir a determinação, terá de pagar multas que podem chegar a US$ 30 mil
O Parlamento russo vai debater nesta terça-feira uma lei controversa que pode prender pessoas por comportamento que promovam a homossexualidade. O projeto de lei prevê o pagamento de multa para os cidadãos russos envolvidos na “propaganda de orientação sexual não tradicional”, enquanto os estrangeiros poderiam ser presos e imediatamente deportados. Se ela for aprovada, pode entrar em vigor até o fim do mês.
Algumas regiões da Rússia já adotaram uma lei semelhante, e agora deputados do partido Rússia Unida, do presidente Vladimir Putin, pretendem implementar uma proibição nacional sobre o “propaganda gay”. A lei define o conceito como “divulgação de informação com o objetivo de induzir um comportamento sexual não tradicional entre as crianças, sugerindo que tal comportamento é atraente”.
Quem infringir a determinação, terá de pagar até US$ 155 para pessoas físicas, US$ 1.550 para os funcionários do governo, e US$ 30.000 para organizações. Já houve dúvidas sobre como definir “propaganda gay”. Um exemplo foi um grupo de comunistas no sul da Rússia reclamando que as roupas de Elton John devem ser consideradas “propaganda homossexual”.
Ativistas dos direitos dos homossexuais criticaram duramente o projeto. Eles afirmam que a norma vai agravar uma situação já difícil na Rússia, onde muitas pessoas ainda acreditam que a homossexualidade deve ser tratada como doença.
Ativistas dos direitos dos gays e ativistas anti-gay planejam manifestações separadas em frente ao Parlamento nesta terça-feira. A primeira leitura do projeto de lei foi aprovada em janeiro por 390 votos a um, e foi acompanhado por um protesto de ativistas gays se beijando. Ativistas cristãos ortodoxos atiraram ovos neles. A polícia arrastou muitos deles para longe.
fonte: O Globo
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