Um relatório apresentado nesta quinta-feira pela Agência Europeia de Direitos Fundamentais (FRA) aponta que mais de 80% dos estudantes e universitários homossexuais, transexuais ou bissexuais de União Europeia (UE) e Croácia já se sentiram intimidados ou ameaçados nas instituições de ensino que frequentam.
Esta é a maior pesquisa realizada sobre o grau de discriminação sofrido pela comunidade LGTB (lésbicas, gays, transexuais e bissexuais) na UE.
'Descobrimos que mais de 80% dos entrevistados em todos os países afirmaram ter sido alvo de comentários negativos ou intimidações na área educativa', lamentou Dennis van der Veur, um dos porta-vozes da FRA, durante a apresentação de uma antecipação do relatório na sede desta agência, em Viena.
Segundo a FRA, 'os Estados-membros devem garantir que os alunos LGTB se sintam seguros nestes centros, por isso seria preciso iniciar campanhas de sensibilização, assim como políticas contra o assédio homofóbico'.
Entre os estudantes ouvidos na pesquisa, 66% confessaram que não revelam sua orientação sexual nos centros de ensino.
Os resultados da pesquisa, que consultou 93 mil pessoas entre abril e junho do ano passado, também revelaram que 26% dos entrevistados foram 'agredidos ou ameaçados com atos de violência nos últimos cinco anos'.
Por outro lado, 19% dos participantes admitiram já ter se sentido discriminados no ambiente de trabalho ou ao procurar emprego.
De todos os grupos que responderam a pesquisa, os da comunidade transexual são os que refletiram maior nível de marginalização e denunciaram ter sido alvo dos índices de violência mais elevados.
A FRA explicou que o objetivo de divulgar estes dados é 'ressaltar a necessidade de promover e proteger os direitos fundamentais das pessoas LGTB, de modo que estas também possam levar uma vida digna'.
fonte: G1
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