Cerca de 200 agentes de segurança ficaram em alerta contra uma eventual interferência de conservadores. Cerimônia foi realizada na prefeitura da cidade de Montpellier, no sul do país.
Vincent Aubin e Bruno Boileau são os primeiros homossexuais a se casarem na França depois de o país aprovar a legalização da união gay. Sob aplausos, os dois entraram juntos no salão da Prefeitura de Montpellier, que abrigou o evento na tarde desta quarta-feira. Minutos antes, cerca de dez manifestantes conservadores protestaram contra o evento, mas foram expulsos por seguranças e jornalistas. Segundo autoridades, cerca de 200 agentes de segurança ficaram em alerta contra uma eventual intervenção.
A prefeita da cidade, Helene Mandroux, celebrou a cerimônia, ao lado de uma foto do presidente François Hollande, que assinou a lei. A socialista e ministra francesa dos Direitos das Mulheres, Najat Belkacem, também compareceu ao casamento.
- É com grande prazer que eu vos declaro casados pela lei - anunciou Helene, com grande comemoração da plateia de ao menos 500 pessoas.
Havia planos para transmitir a cerimônia em um telão e servir bebidas para que pessoas em uma praça próxima pudessem brindar ao casal. No entanto, a ideia foi abandonada pelo temor de protestos de conservadores contrários ao casamento.
Para compensar, a própria prefeitura disponibilizou uma transmissão ao vivo pelo site da cidade no sul da França. Aubin e Boileau estão juntos há seis anos, desde que se conheceram em um fórum de música na internet. A França se tornou este mês o 14° país a autorizar casamentos homossexuais, numa medida atraiu acalorados protestos de conservadores, católicos e ultradireitistas.
- É um momento estressante para Victor e Bruno. Há pessoas que tentam marcar esse dia simbólico com palavras de ódio - disse Elodie Brun, coordenadora da Associação do Orgulho Gay local, que Aubin dirige.
O ministro do Interior da França, Manuel Valls, advertiu no domingo que não iria tolerar interferências de opositores ao casamento gay nas primeiras cerimônias a serem celebradas nesta semana.
- É intolerável que pessoas queiram atacar aqueles que estão realizando um ato importante de suas vidas. Distúrbios contra a ordem pública não serão tolerados - forçou o ministro.
fonte: O Globo
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