A Secretaria de Estado da Saúde realiza, em parceria com a Secretaria da Administração Penitenciária e Programas Municipais de DST/Aids, um grande mutirão de testagem para HIV e sífilis no sistema prisional feminino do Estado de São Paulo. Ao todo serão oferecidos testes para cerca de 10.470 mulheres.
Os testes já vêm sendo realizados desde o segundo semestre do ano passado e, até o momento, já foram beneficiadas cerca de 5 mil presidiárias. A prevalência contatada até agora é de 4,8% para o HIV e 5,7% para a Sífilis. Vale lembrar que a prevalência de DST/HIV é maior em pessoas encarceradas do que na população em geral.
A ação faz parte de uma proposta mais abrangente de prevenção e controle das duas doenças. O projeto pretende conhecer a soroprevalência do HIV e da sífilis nesta população, traçar o perfil das mulheres privadas de liberdade em relação a informações sobre sífilis e HIV, dar orientação de qualidade sobre o assunto para as presas, além de dar maior assistência em saúde para DST/HIV/Aids.
"Este levantamento tem como meta não só o conhecimento atualizado destes dois agravos neste grupo populacional, mas, principalmente, estabelecer de maneira sustentável um sistema de referência e contra-referência para o adequado atendimento à saúde destas mulheres", informa Luiza Matida, responsável pelo projeto.
O mutirão está sendo realizado nas seguintes penitenciárias de maneira regionalizada e escalonada: Capital, Santana, Tremembé I e II, Tupi Paulista, Campinas, Pirajuí, Ribeirão, além dos Centros Penitenciários Provisórios Butantã, São Miguel, Casas de Detenção Provisórias Franco da Rocha, Hospital de Custódia e Tratamento Penitenciário Franco da Rocha I e II, Centros de Reabilitação Itapetininga, Piracicaba, Rio Claro, Araraquara, São José dos Campos e São José do Rio Preto.
Até 2015, pretende-se elaborar e implementar, de forma escalonada e regionalizada, o projeto de DST/AIDS da Proposta Integrada de Atenção à Saúde da População Privada de Liberdade, em parceria com a Secretaria da Administração Penitenciária.
"É a primeira ação deste porte no Estado de São Paulo. Trata-se de uma iniciativa que poderá contribuir para a melhoria da qualidade de vida das mulheres, em decorrência disso, a medida repercutirá também no controle da transmissão vertical do HIV e sífilis", afirma Maria Clara Gianna, coordenadora do Programa Estadual DST/Aids-SP.
fonte: UOL
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