"Não quis e nem quero levantar bandeira", disse a respeito de sua homossexualidade
Morreu, aos 66 anos, às 6h30 desta quarta-feira, 20, o cantor Emílio Santiago. O intérprete estava internado há 13 dias em um hospital em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro, desde que sofreu um AVC, em 7 de março.
Homossexual, o cantor nunca se assumiu publicamente e possuía uma visão antiquada (e ainda ecoada por muitos artistas) sobre o assunto. “Tenho 40 anos de carreira e as pessoas sempre me respeitaram. Ninguém nunca escreveu que ‘Emílio é gay’, nem tive necessidade de abrir mão da minha personalidade. Vivo de maneira natural”, disse o cantor ao portal “iG”, em abril de 2012.
“Não quis e nem quero levantar bandeira. Sempre tive minha vida de forma muito natural. Sou totalmente liberto de qualquer preconceito, medo ou receio sobre este aspecto. Nunca me escondi. Sou autêntico com minha vida”, revelou o cantor que gravou 29 discos durante a carreira.
“Conheço vários famosos que vivem juntos há quinhentos mil anos e não precisam levantar bandeira. As pessoas têm o direito de querer abrir ou não sua vida”, afirmou Emílio. Na mesma entrevista ele se disse favorável à união civil homossexual: “Até para preservar os direitos legais do parceiro em uma união”.
Para pensar: um hétero ao dizer que tem esposa, ele está “levantando bandeira” da heterossexualidade ou só está falando algo corriqueiro da sua vida? Enfim, se uma pessoa não quer se assumir, ok, direito dela, agora deturpar o significado de ser alguém sem vergonha de ser o que ela é, aí é demais!
fonte: ParouTudo
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