A noite do último domingo, 2 de dezembro, foi de terror e violência para o ator Bruno Lago de 20 anos, morador de Camaçari, Estado da Bahia. Tudo aconteceu quando ele retornava para sua casa, por volta das 23h, depois de um encontro com os amigos em uma festa no bairro. Na proximidade da prefeitura da cidade, dois jovens partiram para cima dele com murros e socos na boca, além de levarem o celular de Bruno durante as agressões.
Bruno relatou que apenas ouvia os agressores dizerem que “viado tinha que morrer, ser roubado e apanhar para aprender a ser homem”, diziam dentre outros adjetivos de baixo calão, deixando claro que se trata de mais um caso de homofobia em Camaçari.
“Estava voltando depois de uma festa com meus amigos, quando dei conta, só senti os agressores partirem para cima e não deu para identificar. Só sei que foram dois, pois o casal que me socorreu no primeiro momento afirmou que eram dois”, contou Bruno ao site baiano Dois Terços.
O jovem foi socorrido pelo casal, que acionou uma viatura da polícia que não se importou muito com o estado do jovem que sangrava, deixando-o no local. Bruno foi socorrido e conduzido para a clínica Santa Helena antes de ser encaminhado para o HGE, sendo liberado na noite da última segunda feira, 3 de dezembro, quase 24h horas depois da agressão.
A família do Jovem está chocada com a violência e já prestou queixa da agressão sofrida por Bruno, que perdeu cerca de três litros de sangue com as agressões e não teve condições de comparecer para registrar o boletim de ocorrência.
A violência já mobiliza grupos nas redes socais, que prometem realizar uma manifestação em Camaçari diante da violência contra os homossexuais na região. Neste ano, a população da cidade acompanhou o caso do casal de lésbicas Laís Fernanda dos Santos, 25, e Maiara Dias de Jesus, 22, assassinadas em agosto em um caso sem solução até o momento.
Parece haver um silêncio da polícia baiana quando assunto é crimes contra os homossexuais, mesmo tendo como principal suspeito do crime das mulheres um ex-namorado de uma das vítimas. Este é o quarto caso motivado por homofobia registrado em Camaçari neste ano.
fonte: MixBrasil
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