Um casal homoafetivo formado por duas mulheres conseguiu, junto ao Conselho Regional de Medicina de Goiás, o direito de se submeter às técnicas de reprodução assistida. Na decisão inédita, consta que uma delas poderá participar da gestação com a fertilização de seus próprios óvulos - a partir de inseminação artificial comsêmen de doador - e que os embriões poderão ser transferidos para o útero da companheira.
O pedido da assistente administrativa Michelle Almeida Generozo, 34 anos, e da professora Thaise Prudente, de 28, foi protocolado em 8 de junho de 2011, mas a decisão só saiu no dia 31 de maio deste ano. Segundo Michelle, ela será a doadora dos óvulos e a companheira Thaise é quem dará prosseguimento à gravidez.
Por problemas de saúde, Michelle não pode oferecer o óvulo para que fosse fecundado de imediato. Por isso, Thaise passou por um procedimento deinseminação artificial comum no último dia 29 de junho. O resultado para saber se a técnica de reprodução foi bem sucedida deve sair na sexta-feira (13). “Já estou me sentindo grávida”, afirma Thaise.
Mesmo não podendo doar seu óvulo para a geração do primeiro filho, Michelle já planeja o segundo herdeiro: “Nossa ideia inicial não foi realizada, mas na próxima vez queremos compartilhar a gravidez, eu fazendo a doação do óvulo e ela, a gestação”, planeja Michelle.
O sêmen que fecundou o óvulo de Thaise veio de um banco de espermatozoides deSão Paulo. O custo de armazenamento e transporte foi de R$ 2.600, fora os R$ 1.900 gastos em outras despesas, como clínica e remédios. O procedimento foi realizado no Hospital das Clínicas, em Goiânia, onde elas residem.
Esta, porém, foi apenas a primeira batalha vencida pelas futuras mães. O próximo passo é conquistar, na Justiça, a dupla maternidade da criança. “Acreditamos que a decisão será favorável. Mas, infelizmente, o Poder Legislativo está aquém dos novos modelos de família”, lamenta Thaise.
fonte: Cena G
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