por Ana Cláudia Barros
Mais conhecido por polêmicas do que pela atividade parlamentar, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) conquistou notoriedade graças às ideias conservadoras que prega. Seu posicionamento contrário aos homossexuais rendeu a fama de homofóbico e, ao mesmo tempo, a simpatia dos que se identificam com o tom mais reacionário de seu discurso.
Bolsonaro afirmou que não vê em suas declarações, incitação à violência contra a população de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT) e rechaçou a possibilidade de servir de inspiração para os mais radicais. Os atentados ocorridos na Noruega na semana passada fizeram acender a luz vermelha em relação ao aumento, cada vez mais evidente, de grupos de ultradireita, pautados em ideais com fortes traços fascistas.
O deputado defende que os ataques físicos aos homossexuais, frequentemente noticiados pela imprensa, são resultado da tentativa dos LGBTs de "quererem se transformar numa classe especial, com superdireitos". Indagado se não considerava que o tratamento que vem dando a esse grupo - incluindo os rótulos pejorativos - poderia ajudar a legitimar as agressões, retrucou irritado:
- Chamar alguém de viado agora é estimular a carnificina?
Em seguida, concluiu com ironia:
- Vamos fazer o seguinte: antes de mim, você criminaliza o Costinha (humorista) post-mortem. O Costinha, a cada três piadas, duas falava em bichinha. E não tinha essa história de homofobia. Eu não estou contando piada de homossexual por aí. Eu entrei na briga do "kit gay" (referência ao kit contra homofobia desenvolvido pelo Ministério da Educação).
fonte: Terra Magazine
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