Com o título “Pacificação ainda não pôs fim à homofobia”, do jornalista Mahomed Saigg, o jornal carioca O Dia apresentou um dossiê, durante série especial que o jornal está fazendo fez sobre Homofobia. Se o alerta tivesse sido considerado, há menos de um mês, dificilmente teríamos tido após a Parada do Rio o crime em que um militar atirou contra um homossexual.
Homossexuais de comunidades ocupadas acusam os policiais de agressão e dizem que a situação para eles se tornou ainda pior do que quando os traficantes dominávamos morros. Regras que devem ser seguidas como a discrição, a violência diária e gratuita, são algumas das realidades de quem mora nas comunidades cariocas, agora palco da guerra contra o tráfico de drogas.
Na matéria, gays e travestis denunciam o esquema de “pacificação” do governo que não tem levado paz aos homossexuais das favelas, que agora convivem com o abuso dos policiais. Estas e outras notícias levaram o comandante geral da PM dizem em um telejornal ontem que infelizmente há sim desvios de conduta na corporação e que os casos devem ser denunciados para que a Corregedoria da Polícia tome as devidas providências. Assim como com o tráfico, os moradores das favelas temem denunciar policiais com medo de represálias, agora sob o peso da instituição que deveria promover a segurança.
“Cerceados, muitos homossexuais se desesperam. “Não aguento mais tanta repressão. Não consigo mais ser eu mesmo! Antes da ocupação, também tínhamos problemas, mas agora a situação piorou muito, porque com a polícia não tem conversa, estamos sempre errados”, reclama o cabeleireiro Vando Silva, 20 anos.
Morador do Morro Santa Marta, em Botafogo, ele garante já ter sido agredido por policiais. “Eles me bateram porque disseram que ‘veado’ tinha que morrer”, denuncia.” – diz a matéria de O Dia.
fonte: Cena G
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