Intelectuais palestinos e árabes israelenses lançaram nesta segunda-feira, em Israel, uma nova revista na internet, voltada para superar tabus e que dedica seção a autores homossexuais. "Nosso site será como um oásis cultural, através do qual cada pessoa poderá ler um conto ou refletir sobre um acontecimento cultural via YouTube", explicou Alaa Hlehel, fundador do Qadita.net e cidadão árabe de Israel.
A revista on-line, que recebeu o nome de uma aldeia destruída durante a guerra de 1948, no momento da criação do Estado de Israel, opõe-se a restrições impostas à liberdade de expressão nas sociedades árabes e muçulmanas. "Textos insubmissos ou 'não conservadores' não poderiam ser censurados apenas porque sua propagação deixa alguns nervosos ou ofende 'sensibilidades'", informou a nota de apresentação.
"Pensamos que a margem de liberdade nas publicações em língua árabe está cerceada devido a tensões políticas e sociais", acrescentou. A homossexualidade é mal vista nas sociedades árabes, além de considerada crime em muitos países do Oriente Médio.
"Queremos autorizar os homossexuais a se expressarem, fugindo de seu gueto e convertendo-se em parte natural da cultura árabe e palestina", disse Alaa Hlehel, precisando não temer o ataque de grupos extremistas ou religiosos. Os cidadãos árabes representam mais ou menos 20% da população de Israel.
fonte: Terra
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